Funcionários de parte das unidades municipais de saúde sob o comando da Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) iniciaram nesta quarta-feira, 09, uma paralisação parcial dos atendimentos prestados à população. O ato tem a adesão de médicos, enfermeiros, dentistas e demais responsáveis pela funcionamento de postos da região sudeste, que inclui bairros das zonas leste e sul da cidade, e visa a forçar a Organização Social (OS) a pagar salários atrasados.
Cada Unidade Básica de Saúde (UBS) realiza de 120 a 150 consultas por dia, quando o quadro de médicos está completo. "A partir de agora, só vamos atender casos de urgência e emergência. Os atendimentos agendados estão sendo adiados até que a situação se normalize", disse uma médica que atua na zona leste e pediu para não ser identificada. A aplicação de vacinas e a realização de consultas odontológicas também estão suspensas.
O pagamento do mês deveria ter caído na conta dos funcionários no sábado, 05. A SPDM confirma o atraso, mas diz que não pode fazer os depósitos porque não recebeu da Secretaria Municipal da Saúde o repasse relativos aos serviços prestados.
Em nota, a OS afirmou que os salários serão pagos assim que a instituição receber os recursos da Prefeitura. A entidade, porém, negou que a população esteja sendo prejudicada por causa da paralisação dos funcionários.
"A SPDM precisa nos passar ao menos um prazo. Este já é o terceiro atraso do ano. Se nada for feito, vamos manter a greve a até ampliá-la. Não somos funcionários da Prefeitura, mas da instituição", disse outra funcionária que atua na zona leste e também não quer revelar o nome.
Nesta quarta pelo menos dez unidades reduziram o atendimento, entre elas as UBSs Jardim Sapopemba, Pastoral e Vila Renato.
Pagamento
Na noite desta quarta-feira a secretaria informou que emitiu ordem de liquidação no valor de R$ 8,8 milhões para pagamento dos atendimentos realizados nas unidades de saúde sob gestão da SPDM na microrregião Sapopemba/Aricanduva, onde a ocorreu a paralisação parcial dos funcionários.
A pasta informou que "devido a remanejamentos orçamentários", os recursos não foram transferidos para a conta da entidade na segunda-feira. Nesta quarta, porém, os repasses foram normalizados.
Para evitar prejuízos aos pacientes, a Coordenadoria Regional de Saúde Sudeste afirmou que entrará em contato com os usuários que estavam com consultas agendados a fim de remarcar o atendimento. As unidades em greve não informaram o total de consultas canceladas. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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