A convite de Nélio Rodrigues, Claudia Giudice lança “A Vida sem Crachá” em BH

“Infelizmente”, assente Claudia Giudice, referindo-se ao contingente crescente de pessoas que estão se identificando com “A Vida Sem Crachá – A Dor de Perder Um Emprego e a Experiência de Dar a Volta Por Cima com um Plano B” (Editora Agir), livro que ela lança na próxima terça-feira (20), na capital mineira – em dois eventos especiais, no Museu Inimá de Paula (confira mais informações no texto abaixo). “As pessoas estão sendo demitidas por causa da crise e existe uma enorme dificuldade de recolocação”, diz ela, em entrevista ao Hoje em Dia.

Título e subtítulo da obra são autoexplicativos, mas vale esmiuçar o que aconteceu à jornalista. Em agosto de 2014, a paulistana recebeu a notícia de que seu nome estava incluído no que teria sido o maior corte de chefia jamais feito pela empresa – no caso, a maior editora de revistas do país, onde trabalhava há nada menos que 23 anos (boa parte dos quais já como executiva). “Tinha crachá e ganhava muito bem. Era feliz. Me divertia. Fazia o que fazia por paixão. Deixei de fazê-lo porque não me quiseram mais”, escreve ela, que, no caso, tinha, sim, um plano B (uma pousada na Bahia) que acabou catapultado à categoria de plano A. Mas não só.
 
EM PRAÇA PÚBLICA
 
Ao perder o emprego, além de vender o carro, comprar um Bilhete Único e adotar sua bicicleta (Lola) como meio de transporte, Claudia também criou um blog, para fazer “terapia em praça pública”. O diário on-line inspirou o já citado livro, que traz, na capa, uma porta se abrindo – e uma ave em pleno voo, em meio a nuvens.“A primeira parte do livro toca diretamente o coração e a autoestima. Muita gente me escreve contando sua história e sua dor. Alguns até me visitam na pousada para poder conversar. A segunda, quando falo bastante sobre plano B, planejamento e experiências de outros empreendedores, também gera muita identificação. Tem ali um caminho das pedras que pode ser bastante útil”, diz a moça.

Os leitores, prossegue ela, se identificam com a sua dor. “E se inspiram no fato de eu ter conseguido, aos 50 anos, começar uma nova profissão. Muitos também elogiam o fato de o processo de planejamento estar bastante claro e didático. Planejar, no início, pode parecer uma coisa muito chata. Mas é fundamental e faz muita diferença no resultado final”, garante.

Nélio Rodrigues lança projeto ‘Memórias Refletidas’ no Inimá

A vinda da jornalista paulista Claudia Giudice a Belo Horizonte, para palestra e lançamento do livro “A Vida Sem Crachá”, insere-se no lançamento do projeto “Memórias Refletidas”, idealizado pelo fotógrafo, repórter, cinegrafista, diretor, editor e escritor Nélio Rodrigues. Serão, na verdade, dois encontros com o público na capital mineira – o primeiro, agendado para as 9h40, será somente para convidados. Nele, Claudia faz um talk-show para 150 mulheres convidadas, entre empresárias e atuantes em outros segmentos da sociedade mineira.

O outro está previsto para as 19h, para jornalistas, estudantes de comunicação, assessorias de imprensa, repórteres fotográficos e publico geral, com entrada franca (sujeito à lotação permitida pelo espaço).

A coluna “Memórias Refletidas” é publicada semanalmente (aos sábados), na contracapa do Hoje em Dia, e traz mulheres que se destacam em diversos setores, na capital mineira, compartilhando historias que viveram na capital. O pulo do gato é que as mulheres são clicadas por Nélio com um espelho, que reflete o local que foi cenário da história narrada. “Eu estudei o formato da coluna durante alguns anos, e acabou virando uma realidade na mídia impressa e nas redes sociais. (O Hoje em Dia) é o primeiro jornal impresso que usa o aplicativo QR code para o leitor assistir ao vídeo da matéria pelo celular ou tablet”, entusiasma-se.

Na programação do dia 20, os convidados também terão a oportunidade de conferir a exposição de fotografias e um videodocumentário do projeto.

“Projeto Memórias Refletidas” apresnta Claudia Giudice – Palestra e lançamento do “Vida sem Crachá”. Terça-feira, dia 20. Às 9h40, evento somente para convidados. Às 19h, para profissionais de jornalismo e público geral, sujeito à lotação permitida. Entrada franca. Museu Inimá de Paula (Rua da Bahia, 1.201, Centro).