ABL racha e não consegue eleger substituto para Ivo Pitanguy

Folhapress
25/11/2016 às 12:59.
Atualizado em 15/11/2021 às 21:48

A Academia Brasileira de Letras, que deveria eleger na quinta (25) o sucessor de Ivo Pitanguy na cadeira 22, rachou --e não elegeu ninguém. A votação foi realizada no Petit Trianon, no Rio de Janeiro, sede da instituição.

Os dois favoritos a ocupar a vaga do cirurgião plástico, morto em agosto, eram o poeta e compositor Antonio Cicero e o cientista político Francisco Weffort, que ficaram empatados.

O regulamento permite que sejam feitas até quatro votações. Para ser eleito, um candidato precisa ter maioria absoluta. Nas duas últimas, Antonio Cicero e Weffort ficaram com 17 votos cada um. Nas duas primeiras, ainda havia chance para o pesquisador musical Ricardo Cravo Albin.

Pelas regras, as inscrições são abertas novamente, e nova eleição será marcada.

Os acadêmicos não souberam dizer qual foi a última vez que isso ocorreu e pesquisariam as atas para descobrir.

Há registro de que isso se deu, por exemplo, em 2004, entre a socióloga Maria Beltrão e o poeta e crítico Antonio Carlos Secchin --vencedor na nova eleição.

O resultado da votação de quinta reflete uma divisão interna entre duas alas da ABL: a da cultura, que reúne os nomes ligados à língua e à literatura, e a dos notáveis, com os políticos, médicos e figuras de outras profissões não ligadas às letras.

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