Adriana Birolli vem a BH com 'peça casamenteira'

Thais Oliveira
taoliveira@hojeemdia.com.br
08/07/2016 às 18:49.
Atualizado em 16/11/2021 às 04:13
 (Divulgação)

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Alice tem uma carreira promissora e parece ser bem resolvida. Ao chegar sábado à noite, porém, a moça, no alto dos seus 30 anos, se desespera. “A única coisa que ela não tem é um homem para chamar de seu”, diz a atriz Adriana Birolli, que interpreta a protagonista de “Manual Prático da Mulher Desesperada”. A comédia completou neste ano uma década, mas pela primeira vez vem a Belo Horizonte. A sessão é hoje, às 20h, no Teatro Bradesco.

A peça é baseada na fusão de três contos da escritora e jornalista Dorothy Parker: “A Telephone Call”, “Cousin Larry” e “The Waltz”. Apesar de os textos terem sido escritos em 1929, Adriana os considera super atuais.

“A mulher saiu de casa, foi trabalhar. Muitas coisas mudaram, mas, no quesito amor, continua a mesma coisa. A gente ainda quer alguém de confiança para amar”, avalia a atriz.

Adriana, que, aos 29 anos, encontra-se justamente na faixa-etária em que a pressão para se casar se intensifica, confessa identificação com a personagem.

“É impossível não se identificar, porque não existe um adulto que já não tenha ficado esperando por um telefonema”, pondera a jovem.

A diferença de Alice para Adriana é que a atriz já não está mais esperando. Ela namora há cinco anos o ator Alexandre Contini, também no elenco do espetáculo.

Desespero absoluto
Na trama, Alexandre se transforma no manicure Celinho e no cafajeste Everton. Chateada por estar solteira, Alice liga para Celinho e desabafa. Depois, a moça resolve sair para a balada com uma amiga. A amiga dá o “bolo” e a protagonista se vê solitária.

“Entre ficar sozinha ou mal acompanhada, ela prefere ficar com o grosseirão”, conta Adriana. “É um verdadeiro manual sobre o que não se deve fazer”, adverte ela.

Várias mulheres da vida real, porém, tem “seguido” o manual de Alice à risca. Para Adriana, a razão tem fundamento no desejo de ter uma família. “A solteirice mexe com as mulheres por questões biológicas. Elas têm medo de não dar tempo de se casar e ter filhos”, considera a artista.

Adriana diz ainda que muitas mulheres que pensam dessa forma lhe contarão as próprias histórias. “Ouvi casos de desespero absoluto, de chegar a um grau de desespero tão grande que todos percebem”, relata. E, para os que ainda não desistiram do amor e querem sair de vez da ala dos solteiros, a atriz deixa uma dica: “sei de dois casais que se conheceram quando foram assistir a peça e se casaram. Essa é uma peça casamenteira”, brinca.

“Manual Prático da Mulher Desesperada”. Hoje, às 20h, no Teatro Bradesco ( Bahia, 2244). Por R$ 70 e R$ 35 (meia)

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