Longa nacional chegou às telonas na quinta-feira (7) e desbancou grandes nomes internacionais, como "Venom 3"
"Ainda estou aqui" é adaptação de obra de Marcelo Rubens Paiva em que conta a história da mãe, viúva de Rubens Paiva, levado de casa e morto pelos militares durante a ditadura (Divulgação / Abraplex)
"Ainda Estou Aqui", filme brasileiro que vai concorrer ao Oscar este ano, estrou nessa quinta-feira (7) nas telonas e arrecadou mais de R$ 1 milhão no primeiro dia de exibição. O público na estreia foi de quase 50 mil pessoas, desbancando grandes nomes internacionais, como “Venom 3 - A Última Rodada”, segundo colocado na bilheteria, que levou 35 mil pessoas às salas.
O longa estrelado por Fernanda Torres e Selton Mello, com participação de Fernanda Montenegro, disputou com mais cinco produções: "Cidade Campo", de Juliana Rojas; "Levante", de Lillah Halla; "Motel Destino", de Karim Aïnouz; "Saudade Fez Morada Aqui Dentro", de Haroldo Borges; e "Sem Coração", de Nara Normande e Tião.
"Ainda Estou Aqui" ganhou o prêmio de Melhor Roteiro no Festival de Veneza e foi exibido nos festivais de Toronto e San Sebastián, além de ser selecionado para o Festival de Nova York.
O filme é uma adaptação de uma obra autobiográfica de Marcelo Rubens Paiva em que conta a história da mãe Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, que foi levado de casa e morto pelos militares durante a ditadura. Por décadas, Eunice buscou a verdade sobre o que havia ocorrido com o marido, tornando-se uma voz importante contra o regime, abertura dos arquivos e a busca pelo memória dos desaparecidos políticos.
Eunice é interpretada pela atriz Fernanda Torres, que tem sido elogiada pela atuação pelos críticos de cinema.
“É muito gratificante ver um filme nacional performando tão bem, com uma campanha de divulgação elaborada e potencial de adesão de público. Temos plena convicção de que o sucesso do filme brasileiro é fundamental para o desenvolvimento e a sustentabilidade do parque exibidor. Para dezembro temos, ainda, prevista a estreia de ‘O Auto da Compadecida 2’, que promete um desempenho excepcional, e esperamos que em 2025 o filme brasileiro volte a superar os 15% de market share”, diz Marcos Barros, presidente da Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex).