Alcione lança disco em BH, neste sábado, com muito samba

Elemara Duarte - Hoje em Dia
12/07/2013 às 08:53.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:59

Samba e alegria da cabeça aos pés. É assim "Eterna Alegria" (Biscoito Fino), novo disco da cantora Alcione. Ela apresenta as canções do álbum, neste sábado  (13), no Chevrolet Hall (avenida Nossa Senhora do Carmo, 230, São Pedro), às 22 horas. Ingressos de R$ 40 a R$ 400.    Em breve, a intérprete que já cantou quase tudo na carreira, deve migrar para outra ponta dos sentimentos musicais: ela quer gravar um CD com blues.    O disco tem samba rock, samba canção, samba de terreiro. E por aí vai... "Ele é mais recheado de samba. É muito balançado", confirma a maranhense, que nos últimos anos havia se dedicado ao pagode romântico.    Colla, Zeca e Emílio   O álbum conta com 15 canções inéditas e uma faixa-bônus: "Amor Surreal", de Carlos Colla e Michael Sullivan, tema da personagem Delzuíte, na novela "Salve Jorge".   Uma das faixas carrega boa história. Ela foi composta por Djavan e Zeca Pagodinho e foi intitulada como "Ê, ê".    Mas, que barulho é esse? "A Alcione tem mania de falar isso: ‘Meu compadre, já vai embora? Ê, ê..!’", explica Zeca, em vídeo promocional, no site da amiga de ziriguidum. "O Zeca sabe muito dos meus trejeitos aqui em casa. E eu vou sempre à casa dele. A gente é muito família", complementa Alcione.    Ainda no disco e no show, a composição "Magia do Palco", de Altay Veloso, foi gravada em homenagem ao cantor Emílio Santiago. O intérprete morreu em março deste ano, aos 66 anos, por causa de complicações de um acidente vascular cerebral.   Blues verde-amarelo   "Não é pra já, já. Mas também não vai demorar muito. Quero fazer blues, também, brasileiro. Ed Motta tá me devendo um. Nesse disco (Eterna Alegria), já tem um: ‘Pontos Finais’, da Ana Carolina", inclui, sobre a música feita em parceria com os compositores Chiara Civello e Dudu Falcão.    Além de blues, o disco inusitado deve ter soul e até "spiritual" (música cantada pelos negros norte-americanos, de cunho religioso). "Tem muito a ver comigo. Me aguarde!", anuncia.   Era só o que faltava na carreira de Alcione. "Não é, menina? Mas Deus é grande. Nada para Deus é impossível", exalta-se.    Mas o que a Marrom gosta de ouvir da música norte-americana? "Gosto de Ella Fitzgerald, Sarah Vaughan, Anita Baker. E gosto muito da Aretha Franklin, Nossa Senhora!".    Dessas divas da "black music", Alcione já se encontrou com Sara, na casa de shows Canecão, no Rio. "Mas ainda tenho vontade de cantar com a Anita Baker", revela.   Borboletas    "Elas são mensageiras. Minha mãe dizia: ‘Quando eu morrer, se vocês sonharem comigo, joguem na borboleta’", lembra, para justificar o inseto na capa do disco que lança.   O tempo passou e cumpriu-se a profecia de "dona Felipa". "Quando eu ia ao cemitério, no Maranhão, para colocar flores no túmulo dela, dizia para minhas irmãs: ‘Toda vez é esse festival de borboletinhas amarelas Isso não é coincidência’".   Desde então, as representantes do inseto multicor passaram a entrar na residência de Alcione. "Elas se põem em uma parede. Ficam durante uma semana. É símbolo de alegria. Deve ser a dona Felipa me vigiando", diz Alcione.

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