(Bob Wolfenson)
Você a conhece como a empregada paranaense de “Toma Lá Dá Cá” ou a atriz presente em musicais como “As Malvadas” ou “O Abre Alas”. Mas Alessandra Maestrini decidiu mostrar ao Brasil sua vertente cantora com o álbum “Drama N’Jazz”, e sua primeira apresentação em Belo Horizonte acontece nesta sexta-feira (25), dentro do projeto “Som Clube”, ao ar livre na movimentada Praça da Savassi.
O processo para que Alessandra subisse ao palco apenas para cantar não foi tão fácil quanto o público deve imaginar. “Como fiz musicais, muitas pessoas diziam que devia fazer um show ou gravar um CD. Mas não me sentia à vontade para seguir carreira de cantora, me via preponderante como atriz. Depois de um bocado de análise, fui me conhecendo melhor, descobrindo a minha persona, vi que fazia sentido me apresentar como cantora, expressando a minha personalidade”, afirma a atriz-cantora paulista.
Desde o início, ela fez questão que seu repertório fosse bastante eclético, com standards do jazz, composições próprias – inclusive uma parceria com Ana Carolina e Torcuato Mariano –, uma versão de música brasileira para o inglês – “Eu Te Amo”, de Chico Buarque, com direito a aprovação e elogio do autor – e uma versão para o português de “How Lucky Can You Get”, trilha de “Funny Lady”, musical que ganhou destaque com Barbra Streisand.
“O que dá unidade ao álbum é que todas as músicas têm um groove e muito sentimento. A intenção era unir o teatro e a música de uma certa maneira”, diz Alessandra, explicando que as suas várias vertentes da arte se complementam. “Costumo dizer que a atriz traz dramaticidade para a cantora, enquanto a cantora traz um timing para a comediante e a comediante apresenta um frescor para a atriz e a cantora. O interessante de assumir a cantora é poder me expressar sem máscaras”.
O “Som Clube” traz mais dois shows em um palco criado pelo arquiteto Gustavo Penna. Thiago Pethit se apresenta no dia 2 de maio e Marcelo Jeneci no dia 9.
Alessandra Maestrini na Praça da Savassi. Hoje, às 18h30. Gratuito