Autora que já garantiu um prêmio Jabuti é um dos destaques no próximo sábado (14)
Amantes da boa literatura têm programa garantido neste sábado (14) na capital mineira, com lançamentos de obras de destaque. Na livraria Scriptum (Fernandes Tourinho 99, na Savassi) a Inmensa Editorial apresenta Oco, coletânea de poemas de Vera Casa Nova, e a narrativa ficcional República das Rosas, de Edu Tolenda. A partir de 11h30.
“A Morte Nua”, de Maurício Manzo, e “Enquanto…”, de Carolina Moreira e Odilon Moraes (Divuulgação)
Lançamento duplo também na Livraria da Rua (Antônio de Albuquerque, 931), a partir de 11h. Pela Editora Miguilim, os ilustrados “A Morte Nua”, de Maurício Manzo, e “Enquanto…”, de Carolina Moreira e Odilon Moraes.
Designer e ilustrador, Manzo nasceu na Itália e mora no Brasil desde os anos 1970. O enredo aborda o encontro singular de um homem com a morte e, a partir daí, nascem perguntas, reflexões filosóficas, questões que caminham para um desfecho surpreendente. A linguagem em pretoe branco permitiu ao ilustrador explorar técnicas diferenciadas a partir do tema existencial -inevitável e temido. “Esse livro humaniza a morte”, diz o autor, que já tem outros livros publicados.
Fruto da parceria de Carolina Moreyra e de Odilon Moraes, “Enquanto...” ficou engavetado por cerca de dez anos até ganhar vida. A dobradinha entre o ilustrador e a escritora é representada pela coleção de uma dezena de livros ilustrados com características bem particulares, entre elas a relação entre imagem e palavra no tempo e no espaço para criar ritmo. “É como se o tempo recomeçasse”, diz a premiada Carolina. O primeiro livro dela, “O guarda-chuva do vovô”, publicado há 15 anos, venceu o Prêmio Jabuti de autora revelação e melhor livro.
Oco é um dos 25 títulos da Coleção Infame Ruído, produção poética sob direção de Anelito de Oliveira. A autora, Vera Casa Nova, é uma das mais importantes poetas brasileiras em atividade. Carioca radicada em BH desde o fim da década de 1970, é professora da UFMG, pesquisadora, ensaísta e tradutora.
República das rosas, de Edu Tolenda (nome literário do professor da UFU Eduardo Tollendal, recentemente falecido) é uma das mais surpreendentes reconstruções narrativas dos anos de chumbo no Brasil, as décadas de 1960 e 1970, quando o país foi submetido a uma das ditaduras militares mais brutas das muitas que marcaram a América Latina no período.
Ficção tecida num corpo a corpo irreverente com a história, República das rosas desvela, com agudeza crítica e brilhante senso de humor, meandros de um processo histórico altamente complexo que traumatizou toda uma geração que ali vivia seus verdes anos.
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