MÚSICA

Após vencer Covid, Erasmo Carlos se apresenta neste domingo no Palácio das Artes

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
29/05/2022 às 11:27.
Atualizado em 29/05/2022 às 11:42
Um dos ícones da Jovem Guarda, Erasmo faz uma homenagem ao movimento musical da década de 60 (Gilda Midanni/Divulgação)

Um dos ícones da Jovem Guarda, Erasmo faz uma homenagem ao movimento musical da década de 60 (Gilda Midanni/Divulgação)

Erasmo Carlos confessa que o retorno aos palcos não está sendo fácil. O cantor chegou a ser internado com Covid-19, além de enfrentar um tumor no fígado. "Demorei a readquirir confiança. Os primeiros shows foram duros, pois estava debilitado e desacostumado, após dois anos de pandemia", confessa.

Em Belo Horizonte, onde se apresenta neste domingo, no Palácio das Artes, o Tremendão garante que chegará "mais tranquilo", vencendo a desconfiança após "esquecer como era" estar diante do público. No próximo domingo, ele completará 81 anos. "É uma idade que não temos pressa (para comemorar)", brinca.

Um dos ícones da Jovem Guarda, fazendo dupla com Roberto Carlos (ou trio, se adicionarmos Wanderléa), Erasmo faz uma homenagem ao movimento musical da década de 60, com um repertório baseado no mais recente álbum, "O Futuro Pertence à... Jovem Guarda", lançado em fevereiro.

"Essa frase foi dita por Lênin e deu nome ao programa de TV que revolucionou a juventude dos anos de 1960, trazendo mudanças no comportamento e até musicalmente. A frase vai muito além do programa, pois quando Lênin fala da jovem guarda, está se referindo às novas gerações", registra Erasmo.

Para o cantor, a sociedade não vem cuidando direito de seus filhos, deixando a desejar "nas prioridades mais básicas, como educação e saúde". Ele enxerga um mundo carregado de ódio, maldade e ganância, "diferentemente da época da Jovem Guarda, em que havia a preocupação de fazer um lugar melhor para todos". 

O cantor não admite, por exemplo, que, com uma epidemia de escala mundial, os países permitirem que se vendam vacinas. "Um absurdo, pois aquele era um momento de todos se unirem para o bem da humanidade. São coisas que entristecem. Não consigo bater no peito e dizer que sou feliz diante de todas essas injustiças", afirma.

Um olhar mais benevolente que, segundo ele, podia se perceber nas letras das músicas da Jovem Guarda. Ele exemplifica com "Tijolinho", presente no repertório do show, uma canção que "fala do amor puro e ingênuo, que a gente não encontra hoje em dia - somente nas crianças e nos cachorros", lamenta.

Serviço

"O Futuro Pertence à... Jovem Guarda" - Show com Erasmo Carlos. Neste domingo, às 20h, no Grande Teatro do Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537). Ingressos: R$ 90 e R$ 140, na biheteria do teatro ou na plataforma Eventim

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