(UNIVERSAL/DIVULGAÇÃO)
“Não tinha que ser uma brasileira, já que no meu teste havia 200 atrizes latinas. Mas como o Pica-Pau é um gigante no Brasil, acabei sendo a escolhida”, explica Thaila Ayala ao Hoje em Dia. Sua personagem no filme em live action (com atores reais), já em cartaz nos cinemas, não tem sotaque ou qualquer característica que remeta a algo abaixo do Equador.
Mais conhecida da novelinha “Malhação”, Thaila é a namorada do vilão Lance, que espera construir uma casa justamente ao lado da residência da arteira ave das animações de Walter Lantz. Sua participação está longe de ser simples figuração: a personagem que assume, Vanessa, tem muitas falas e situações cômicas, ao tentar manter um estilo requintado em plena floresta.
“Foi desafiador e muito divertido. É gostoso fazer uma vilã. Nunca tinha feito um filme em que contraceno com um personagem de efeito especial. Fui aprendendo, experimentando. Como é infantil, baseado num desenho animado, pude usar a imaginação”, registra a atriz paulistana de 31 anos.
Guerra com Pica-Pau
No filme dirigido por Alex Zamm, a personagem tem os cabelos queimados, quilos de cimento entornados sobre ela e corre de um enxame de abelhas. “Vanessa é uma espécie de designer e ligada à tecnologia, ao dinheiro e ao poder. Não tem escrúpulo nenhum. E acaba vivendo uma guerra com o Pica-Pau”, observa Thaila.
A atriz acredita que as adaptações feitas para o cinema para o personagem nascido em 1940 não são coisas de outro mundo. “Ele sofreu várias adaptações de lá para cá. A do filme é mais uma, até porque estamos falando da intera-ção com pessoas reais. No desenho, ele era mais engraçado, no filme ficou mais humano. De toda forma, continua defendendo o lugar em que mora e, por sua vez, a natureza”, salienta.
Vale destacar que o filme é a segunda incursão de Thaila no cinema gringo: feito antes de “Pica-Pau”, “Zeroville”, com James Franco e Megan Fox, será lançado em breve. “Faço uma participação especial, como uma modelo problemática”.