Atriz de múltiplas facetas, Marieta Severo volta a brilhar nas telonas

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
05/05/2013 às 12:20.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:25

RECIFE – Não é só na telona que Marieta Severo parece ter (bem) menos que os 66 anos que constam na sua certidão de nascimento. Homenageada no recém-encerrado “Cine PE – Festival do Audiovisual”, a dona Nenê da “Grande Família” teve que “entregar” à imprensa a razão da fina estampa, responsável por transformá-la, na comédia “Vendo ou Alugo”, da diretora Betse de Paula, numa mulher altamente sedutora. Após despistar, depositando sua jovialidade na iluminação do filme, a atriz observa que o humor é um ingrediente importante em sua vida. “Faz parte da minha personalidade essa tentativa de encará-la com leveza. Quando começo a levar a sério, busco relativizar”. Outra ferramenta foi a psicanálise. “Faço desde 19, 20 anos. Às vezes me questiono por ter uma vida quase inteira com acompanhamento psicológico, mas algumas questões ficaram um pouco mais resolvidas”, admite.   O que não quer dizer que ela não fique “enlouquecida” de vez em quando. “Posso ser bem estressada também”, avisa. De qualquer forma, ela agradece à psicanálise a possibilidade de compreensão do outro. “É um instrumento que uso como atriz. Quando estamos fazendo um personagem, ele precisa ser destrinchado dentro desse mundo psicológico”. Hoje profundamente ligada à dona de casa que protagoniza em “A Grande Família”, ela quebra essa imagem mais conservadora em “Vendo ou Alugo”.   “A dona Nenê é uma senhora mais do lar, que vive protegida dentro de casa. Diferentemente de Maria Helena, que já passou por tudo na vida”, compara. Marieta destaca que o erotismo da personagem não estava presente no roteiro. “Não havia a indicação de um envolvimento com o Marquinhos (Marcos Palmeira), nada foi construído nesse sentido. Mas foi surgindo, a ponto de a equipe perceber essa voltagem quando os dois estavam perto”.   Incansável   Ajudou muito o fato de conhecer profundamente a família de Zelito Viana, diretor de “Villa Lobos” e pai de Betse e Palmeira. “Conheço o Marquinhos há 14 anos, desde quando fizemos, no teatro, ‘Ligações Perigosas’. Essa intimidade nos ajudou muito a perceber o que estava nas entrelinhas da história”, pondera.    No filme, Maria Helena é uma mulher independente em busca de uma solução para escapar da falência, vendendo sua casa antes que ela vá a leilão.   Incansável mesmo sendo mãe de três filhas e avó de sete netos (“além de dois teatros para administrar”), Marieta analisa que a mulher que se desdobrar em várias frentes, em casa e no trabalho, é uma característica de sua geração.   “Sou de uma época de grandes mudanças de comportamento. A palavra de ordem era experimentar”, assinala.     Leia mais na Edição Eletrônica

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