Autora de 13 anos lança livro em que dá razão para a mãe

Elemara Duarte - Hoje em Dia
11/05/2013 às 14:48.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:36

Bárbara Muniz tem 13 anos. A mãe dela, a pedagoga Denise Santana, 50. O esperado conflito de geração entre as duas acabou inspirando a pré-adolescente a escrever um livro. O resultado, “Indo ao Futuro para Entender as Mães” (que marca o debute do selo Scriptum Jovem, da editora de mesmo nome) foi lançado neste sábado (11). A cereja do bolo é que as ilustrações levam a assinatura da artista plástica e cantora Leonora Weissmann.

Na verdade, a ideia só foi para o papel agora, mas a história foi escrita quando Bárbara contabilizava apenas nove anos – e num dia como o de hoje, véspera da data dedicada às Mães. “Por que eu era proibida de fazer muitas coisas que queria?” perguntava-se a garota. Aliás, atire a primeira pedra quem nunca se fez essa indagação.

“À época, brigávamos muito. Então, foi a maneira que encontrei de mostrar que entendia as proibições sim, embora não demonstrasse isso no dia a dia”, explica Bárbara.

Por quê?

A obrigação de assistir apenas a filmes de censura livre foi o pontapé para a narrativa que agora ganha o formato livro. Bárbara criou a personagem Laurinha, que assume suas decepções e limitações. Um belo dia, a garota recebe um convite pra lá de irresistível: viajar para o futuro, acompanhada da amiga, Laila, tão indignada quanto ela. Para tanto, a dupla conta com o auxílio luxuoso de uma máquina do tempo, dotada de quatro decisivos botões.

Pelo andar zonzo da carruagem condutora do relacionamento com as respectivas mães, as duas de fato chegam ao futuro. Convictas, tentam não repetir com os filhos as atitudes adotadas pelas genitoras no “passado”: ou seja, às crianças é permitido fazer tudo. Mas a dupla dinâmica acaba percebendo que, se continuarem assim, coisa boa não vai dar!

Experiência própria

Detalhe: com a obra, Leonora Weissmann, que é mãe de Theo, um aninho de pura esperteza, também estreia na seara infanto-juvenil. A artista reconhece que também já fez para si a perguntinha “insatisfeita” mencionada no início deste texto.

“Com certeza já achei minha mãe chata, é normal entre mães e filhos. Mas acho que ela já me achou chata mais vezes. Já fui muito ao futuro e ao passado para entendê-la e, agora que sou mãe, e isso pode ser considerado um presente-futuro, a compreendo muito mais”, admite.

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