Banda emblemática dos anos 1980, Picassos Falsos apresenta novo disco em BH

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
03/08/2017 às 08:04.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:53
 (Leticia Romanholi/divulgação)

(Leticia Romanholi/divulgação)

Difícil escutar, na atualidade, uma banda brasileira que não misture ritmos universais com elementos da cultura popular. Essa fusão ganhou força com o manguebeat, nos anos 1990, quando Chico Science mesclou com maestria o rock e o maracatu. Antes do pernambucano, porém, uma turma carioca já botava num caldeirão inventivo diferentes ingredientes, como pop, rock, soul, funk, baião, afoxé e samba. São os Picassos Falsos, banda emblemática da cena musical dos anos 1980, que volta a Belo Horizonte amanhã, na Autêntica, para apresentar seu mais recente trabalho.


Intitulado “Nem Tudo Pode Se Ver”, o quarto álbum de estúdio traz dez faixas –sendo nove autorais e uma releitura de “Pavão Misteryozo”, clássico de Ednaldo. “Esse disco vem sendo concebido há um ano. Ele dá continuidade ao nosso trabalho, apontando para uma relação que temos com a música brasileira num sentido mais universal”, explica o cantor e violonista Humberto Heffe, que forma o grupo com Gustavo Corsi (guitarra) e Romanholli (baixo). 


Nas faixas, participações de nomes marcantes do cenário nacional, como as cantoras Duda Brack e Fernanda Takai. “A Fernanda faz parte de uma geração mineira que assistiu ao início dos Picassos. Como essa música (‘Nunca Fui a Paris’) já havia sido lançada como single em 2015, pensamos em uma participação para renovar a canção. E ela foi a escolha perfeita. Foi super receptiva, gravou no estúdio do Pato Fu, com o John (Ulhoa), que também é um grande fã dos Picassos”, diz Heffe. 


O músico conta que a banda, após um stop na carreira de 1990 a 2001, tem se adaptado bem às novas dinâmicas da criação e do mercado musical. 
“O artista de música teve que se renovar, mudar a relação com o seu trabalho. Agora, ele é o gestor da própria carreira. Com a internet, o próprio artista começou a agrupar seu público, criando um contato direto. Isso, de conhecer os nossos fãs, saber quem são e o que acham do trabalho, tem sido muito importante para nós”, defende Heffe, para quem a música brasileira tem experimentado a maior renovação das últimas décadas. 


Convidada para abrir o show, a banda mineira Slama! guarda antiga relação com os Picassos. “[TEXTO]Nós fomos adolescentes nos anos 1980, então acompanhamos os Picassos desde o primeiro disco”, conta o vocalista Dáblio. “Em 2015, tocamos com eles na Lapa, no Rio de Janeiro. Temos uma parceria feliz, de longa data, e estamos muito satisfeitos de reeditar essa dobradinha agora em BH. O público pode aguardar surpresas, vai ser uma noite para soltar os bichos”.


Picassos Falsos apresenta “Nem Tudo Pode Se Ver”. Abertura: Slama! Amanhã, às 22h, na Autêntica (rua Alagoas, 1.172, Funcionários). Ingressos: R$ 20 (antecipado) e R$ 30 (portaria).
 

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