Bazar do Tutti Maravilha comemora três décadas com show no Palladium

Paulo Henrique Silva
phenrique@hojeemdia.com.br
13/11/2017 às 19:12.
Atualizado em 02/11/2021 às 23:41
 (MAIRA CABRAL/DIVULGAÇÃO)

(MAIRA CABRAL/DIVULGAÇÃO)

Pode até faltar luz em casa e os nervos ficarem à flor da pele. Mas quando a placa de “No Ar” se acende, diariamente às 14h, o apresentador Tutti Maravilha ganha outro astral, como se as situações ruins ficassem do lado de fora do estúdio da Rádio Inconfidência. “É minha terapia. Quando entro na ar, as coisas melhoram porque não faço pose e falo o que estou sentindo. Como falava o Renato Teixeira, destilo emoções”, registra Tutti.

Talvez esteja aí, nessa “vida em rádio aberto”, como gosta de dizer, o sucesso do programa “Bazar Maravilha”, há 30 anos no dial. Para comemorar a data, o apresentador se cercou de amigos, principalmente artistas que ajudou a lançar, para a realização de um show, hoje, no Grande Teatro do Sesc Palladium. Entre os convidados estão Lô Borges, Mauricio Tizumba, Marina Machado, Thiago Delegado e Tianastácia.

“Os ingressos já estão esgotados, graças a Deus”, comemora Tutti, que revela estar “ansiosíssimo”, dormindo pouco nos últimos dias que antecedem ao show. Isso porque a festa não se limitará ao teatro, sendo transmitida ao vivo pela Inconfidência, permitindo que seus fiéis ouvintes de todas as artes possam acompanhar. No final do ano, a apresentação ganhará a forma de especial de TV, na Rede Minas.

Quando passa a limpo estas três décadas, Tutti Maravilha faz um balanço positivo, destacando a “enorme audiência e a credibilidade no meio artístico”. Ele ainda não tem certeza, mas acredita que esteja à frente do programa mais longevo de rádio FM no Brasil. “E sem mudar o apresentador, na mesma rádio. Hoje somos o único programa de entrevista que lança músicos e fala de cultura”, sublinha.

Hora do recreio
Quando foi para a Inconfidência, em 1983, ele já fazia um programa semelhante na Rádio Capital, animando as tardes da programação local e tendo como companheiros de rede nada menos do que Chacrinha, no Rio de Janeiro, e Hebe Camargo, em São Paulo. “Meu programa é entrevista, entretenimento e cultura. Costumo brincar que é a hora do recreio da rádio mineira”, define.

O “Bazar” só saiu do ar em 1987, no início do governo Newton Cardoso. “Foi quando mandaram embora todo mundo. Fui para o sul da Bahia, ajudar uma amiga com uma pousada. Quando mudou o governo novamente, a Celina Albano, minha amiga e secretária de Cultura, me disse que estava na hora de voltar a BH. E me pôs para fazer exatamente o que eu fazia, no mesmo horário”.

O próprio Tutti participa da programação musical, em que o convidado é um só: a música brasileira. Os artistas são dos mais variados estilos e épocas, mas tem uma atração que bate ponto todo o dia, religiosamente às 15h: Elis Regina. “Quando o programa começou, ela tinha morrido há pouco. Era minha amiga, morei com ela. Tornou-se a única fixa, abençoando o programa”, afirma.

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