Beatles continuam ocupando um lugar jamais alcançado na cultura pop

Altino Filho - Do Hoje em Dia
14/10/2012 às 09:20.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:12
 (Arquivo/Hoje em Dia)

(Arquivo/Hoje em Dia)

Meio século depois do lançamento do single “Love Me Do”, os Beatles continuam ocupando um lugar jamais alcançado na história da chamada “cultura pop”.
O dia 5 de outubro de 1962 marcou o início da trajetória daquela tranquila bola de neve que, saída de Liverpool, ganhou Londres, invadiu a Europa, chegou aos Estados Unidos e, logo a seguir, ao mundo inteiro, numa avalanche de música, comportamento, carisma e surpresas jamais vistas – antes ou depois – em nosso planeta.

 

Para entender bem esse quarteto formado por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr é necessário ir um pouco além das notas musicais. Equipamentos de palco, como um P.A. por exemplo, não existiam. O Public Address (aquelas caixas instaladas no palco e que dirigem o som para a plateia) só existe porque existiram os Beatles. Foram inventadas para eles, tal a histeria armada em torno da banda.

E mesmo com potentes P.As instalados com capricho por técnicos britânicos, a Beatlemania – nascida logo após o lançamento de “Please Please Me” em 22 de março de 1963 – comprometeu vários shows, tornando o grupo inaudível, abafado por gritos incessantes e histéricos dos fãs.

“Os concertos dos Beatles não têm nada a ver com música. Eles são quase ritos tribais”, declarou Lennon no auge das ensandecidas recepções. A conjunção de arranjos e letras – em um nível também jamais visto e apresentando a dupla Lennon/McCartney como a melhor parceria do universo da música pop – a atitude, as frases saborosas e a imagem de “heróis de um novo tempo” embalada por uma indústria ágil, fizeram todos os olhos se voltarem para eles.

“Please Please Me”, o primeiro álbum, ocupou o topo do ranking na Inglaterra por inéditos sete meses e foi o grande responsável pela travessia dos Beatles para a outra margem do mundo.

 

 


A beatlemania na outra margem do mundo

A febre se tornou completa em 7 de fevereiro de 1964, quando o grupo participou do mais popular programa de auditório da televisão americana, o Ed Sullivan Show, transmitido ao vivo.

Com 73 milhões de espectadores, cerca de 40% da população americana da época, o programa, hoje comercializado como um DVD em vários países, continua a ser o mais assistido de todos os tempos nos Estados Unidos. A avalanche parecia não ter fim e os Beatles começaram a esquiar numa enorme fama, sem paralelo, entrando num ritmo frenético.

Exaustão

Entre julho de 1964 e agosto de 1966, gravaram cinco álbuns, compondo todas as canções enquanto faziam turnês ao redor do planeta. Mas, no final de 1966, a mesma Beatlemania que abasteceu de neve a montanha dos rapazes, fez com que eles desistissem de tocar ao vivo, exaustos deles mesmos e da imensa comoção pública.

A partir de 1967, a banda passa a se dedicar exclusivamente às gravações de estúdio.

Segundo a revista Rolling Stone, em um dia muito frio de janeiro de 1969, em que uma nevasca poderia até mesmo ajudar a aplacar o mal-estar do grupo, instalado em um também gelado Twichenham Film Studios, em Londres, os Beatles estavam acompanhados das piores pessoas com quem poderiam estar: os próprios Beatles.

Ali, o grupo passava a não existir mais como futuro. Na memória do chamado Fab Four (algo como os quatro fabulosos), apenas a lembrança da construção de uma saga – sem imaginar as interferências que nasceriam dali em diversos setores da vida daqueles jovens que tanto os amaram.

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