Belo Horizonte se prepara para receber o mais divertido Festival de Fotografia

Palco de diferentes movimentos e manifestos culturais, Belo Horizonte poderá ver nos próximos dias suas ruas transformadas em um cenário do que promete ser um dos mais divertidos e contraventores festivais de fotografia, o “Erro 99”.

Tendo à frente os mineiros Bruno Figueiredo, de 32 anos, Daniel Iglesias, 29, Gustavo Campos, 27, e Matheus Rocha, 28, o “Erro99” é, originalmente, um coletivo de discussão e fomento da fotografia autoral.

Há pouco mais de um ano, o grupo vem chamando atenção de público e organizadores de importantes eventos no Brasil ao participar de festivais como os de Tiradentes e Paraty; da Virada Cultural em BH e os de inverno da UFMG e da histórica Ouro Preto.

Só que agora eles querem fazer o próprio Festival e com duração de cinco dias. No set list já estão confirmados nomes de peso: João Wainer (editor da TV Folha), Raquel Brust (projeto Giganto), SelvaSP (coletivo de SP), Nitro Imagens (um dos mais atuantes da fotografia de Minas) e Rafael Lage (fotógrafo ativista).

Das ações programadas enumeram-se palestras, exposições, workshops, assembleias e, claro, os carros-chefes “Queimão fotográfico” (onde fotografias são leiloadas com lance inicial de R$ 5 e, quando não são vendidas, são queimadas) e “Show de Likes” (onde o público escolhe o melhor ensaio fotográfico exposto – nessa edição serão 16 participantes que contarão com curadoria dos renomados Pedro David e Francilins).

O grande desafio é que para tirar o festival do papel a trupe precisa arrecadar uma quantia significativa. Por isso, eles promovem a campanha de financiamento coletivo (variavel5.com.br/projetos/erro99). Até o fechamento desta edição, o “Erro99” precisava de aproximados R$ 9 mil. As doações podem ser feitas por qualquer pessoa.

Os meninos asseguram que, com exceção das oficinas, todas as atrações serão gratuitas. Mais ainda: se tudo correr como planejado, o “Festival Erro 99” acontecerá embaixo do Viaduto Santa Tereza, na Praça da Estação.

“Queremos ampliar o público que consome fotografia e trazer pessoas que não são necessariamente do meio. Não fazemos distinção nem de participantes, nem de público”, garante Daniel. As apostas ainda estão valendo, mas só até dia 15.