Biquini Cavadão homenageia Herbert Vianna neste sábado, em BH

Paulo Henrique Silva
02/05/2019 às 12:23.
Atualizado em 05/09/2021 às 18:28
 (RAONY CORREIA/DIVULGAÇÃO)

(RAONY CORREIA/DIVULGAÇÃO)

 Todo fim de ano é a mesma coisa. Quando o Biquini Cavadão fecha as contas do número de shows realizados, Minas aparece disparado como o Estado em que mais se apresentaram. O grupo, que sobe ao palco do Grande Teatro do Palácio das Artes neste sábado, vive uma lua-de-mel eterna com a Terra das Alterosas. Com a capital não é diferente. “A cidade sempre nos acolheu com muito carinho, desde o primeiro show, na casa noturna Ponteio, que depois daria lugar a um shopping”, recorda o vocalista Bruno Gouveia. Era metade dos anos 80, a banda tinha acabado de ser criada e, no repertório, só exibia uma música que vinha tocando nas rádios, “Tédio”. Gouveia ainda carrega a nítida lembrança daquele dia, ao falar de uma “casa tão lotada que aqueles que não conseguiram entrar provocaram um curto-circuito exatamente no momento em que iríamos tocar ‘Tédio’”. O público pediu para que continuassem às escuras e, mesmo sem equipamento de som, foi o que fizeram. “Estava sem microfone e as pessoas passaram a cantar com a gente até que a luz voltou, cinco minutos depois. Jamais esquecerei isso”, destaca Gouveia, que é mineiro na certidão de nascimento – viveu até os quatro anos em Ituiutaba. Depois seguiu para o Rio de Janeiro, acompanhando o pai, que era médico anestesista, mas a relação com Minas não terminou aí. 

“Como o Paralamas do Sucesso, somos uma banda que gosta de cair na estrada. Somos deste tipo ‘estradeiro’.  A gente gosta porque é uma forma de conhecer o Brasil inteiro. E o que vimos nestes 34 anos de banda foi muito além de qualquer reportagem”Bruno Gouveiavocalista

 “Participar do Pop Rock (show anual em Belo Horizonte, com várias bandas de rock) foi muito importante. Somos o recordista de participações. É por isso que, quando fizemos 30 anos, remanejamos a agenda, trocando o Circo Voador (no Rio) pelo Chevrolet Hall (hoje Km de Vantagens Hall), para que estivéssemos em BH na data oficial de aniversário, que é 16 de março”, registra. EstreiaCuriosamente, será a primeira vez que o Biquini tocará no Palácio das Artes, “um templo sagrado”, como define o vocalista. No repertório, estarão velhas conhecidas do público, como “Vento Ventania”, “Zé Ninguém” “Timidez”, “Chove Chuva” e “Meu Reino”, mais aquelas “novas” presentes no último CD, “Ilustre Guerreiro”, lançado no ano passado. Novas apenas nos arranjos, porque elas já foram consagradas com o Paralamas do Sucesso. O ilustre guerreiro do título é nada menos do que Herbert Vianna – em alemão, herbert tem esse significado.  A homenagem não é fortuita. O líder do Paralamas é uma espécie de padrinho do Biquini. Foi quem sugeriu o nome da banda e abriu portas no mercado para o grupo. “Em 2007, surgiu a ideia de fazer uma homenagem a uma pessoa. Quem mais poderíamos reverenciar do que Herbert Vianna? Além do que fez por nós, foi embaixador do rock brasileiro, defendendo-o com unhas e dentes. Lembro dele no Rock’n’Rio, em 1985, dando uma bronca em 100 mil pessoas por terem vaiado Erasmo Carlos, que abriu uma noite dedicada ao metal”, explica. Serviço:Biquini Cavadão – Sábado, às 21h, no Palácio das Artes (Avenida Afonso Pena, 1537). Ingressos de R$ 55 a R$ 130.

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