Biquini Cavadão traz show dos 30 anos de carreira a BH

Clarissa Carvalhaes - Hoje em Dia
13/03/2015 às 08:35.
Atualizado em 18/11/2021 às 06:20
 (Facebook/Reprodução)

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Com 30 anos de estrada, o Biquini Cavadão tem entre os fãs gente que já casou e tem filhos. Engana-se, porém, quem supõe que os quarentões à frente dessa que é uma das mais importantes bandas de pop rock do Brasil estejam enferrujados, ultrapassados ou com público limitado. Sucessos como “Vento Ventania”, “Timidez” e “Tédio” – que embalaram festas nos anos 1980 – fazem também a cabeça da juventude atual.

“Certa vez, em um restaurante, um cara me contou que tinha conhecido a esposa dele em um dos nossos shows. Fiquei super feliz e convidei-o para ir ao show que faríamos naquela noite: ‘Ah, sabe como é... Vocês vão tocar só às duas da manhã e nessa hora já estaremos dormindo”, recorda, aos risos, o guitarrista Carlos Coelho, um dos últimos integrantes a entrar para o Biquini, em 1985.

“Mais curioso é saber que nosso público se renova a cada ano. Claro que temos fãs com a nossa idade, mas é impressionante como a molecada pesquisa e gosta do Biquini”, celebra o músico de 48 anos.

Ao lado dele, os parceiros Bruno Gouveia (vocalista), Miguel Flores da Cunha (teclados), Sheik (baixo) e Álvaro Birita (bateria) tocam neste fim de semana em Belo Horizonte. A apresentação faz parte da turnê “Me leve sem destino”. Na gravação feita recentemente em Goiânia novos trabalhos fazem companhia aos clássicos da banda. Detalhe: “Tédio” teve direito a bis no DVD.

Coincidência ou seria uma paixão assumida do grupo pela música que os lançou à fama nacional? Nem um, nem outro.

“No início da carreira tínhamos pouquíssimas músicas e nos shows tínhamos que tocar ‘Tédio’ sempre duas vezes pra apresentação render. Na comemoração (dos 30 anos de carreira) decidimos lembrar os bons velhos tempos e por isso gravamos ‘Tédio’ duas vezes”, explica.

PELA WEB

Passadas três décadas desde os primeiros acordes feitos ainda no colégio, a banda nem de longe dá sinais de cansaço.

“Seguramente não esperávamos chegar até aqui. Sinceramente, nem pensávamos em ir tão longe”, admite Carlos Coelho.

“Quando começamos os Rolling Stones, incrivelmente, já tinha 20 anos de carreira. Achávamos aquilo tempo demais. Nós só queríamos saber do próximo final de semana”, recorda o guitarrista que, hoje, ao lados dos amigos, faz pesquisa na internet para saber o que o público quer ouvir durante os shows da banda. Mais atual que isso, impossível.
 

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