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SÃO PAULO - O músico Bob Dylan, de 72 anos, não será mais processado na França por declarações consideradas racistas pela comunidade croata no país. Agora, o alvo das acusações será a versão francesa da revista "Rolling Stone", que publicou as declarações. O Conselho dos Croatas na França acusava Dylan de ter feito uma comparação entre croatas e nazistas, durante uma conversa com um jornalista da revista em 2012 - pouco tempo depois de ser condecorado com a ordem da Legião de Honra francesa. Ao responder uma questão sobre os Estados Unidos de hoje em relação ao do período da Guerra de Secessão, o cantor disse: "Negros sabem que alguns brancos não queriam abrir mão da escravidão - que se pudessem, eles ainda seriam subjugados... Se você tem um senhor de escravo, ou um [Klu Klux] Klan em seu sangue, negros podem sentir isso. Essas coisas se arrastam até hoje. Assim como judeus podem sentir sangue nazista e sérvios sentem sangue croata". Após o depoimento ser publicado, várias rádios croatas alegaram excluir as músicas de Dylan de seus repertórios. No entanto, segundo o jornal americano "The Wall Street Journal", Dylan não é mais o foco do processo, que agora se vira contra a revista que publicou as declarações. O editor francês da "Rolling Stone", Michael Birnbaum, pode ser sentenciado a um ano de prisão e uma multa de 45 mil euros (cerca de R$ 139,94 mil).