Breve Festival: evento para curtir e também pensar em música

Lucas Buzatti
lbuzatti@hojeemdia.com.br
05/09/2017 às 09:11.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:25
 (Cinefronteira/Divulgação)

(Cinefronteira/Divulgação)

Ir além do entretenimento, promovendo debates que reflitam sobre a produção musical na contemporaneidade. Esse tem sido o mote de muitos festivais estreantes no Brasil, como é o caso do Breve, que realiza a primeira edição em Belo Horizonte, de hoje a 23 de setembro. 

Até o encerramento– quando acontecem shows de nomes como Novos Baianos, Karol Conká, Tulipa Ruiz e Marcelo Jeneci, entre outros–o festival promove o Semibreve, que contará com três debates, e o Occupy Beagá, que leva pocket shows de artistas locais a parklets e casas de shows da cidade. Ambas as programações são gratuitas, sendo somente o encerramento pago.

Um dos idealizadores do Breve, Eduardo Brandão, explica que a ideia partiu da vontade de, além de curtir, pensar a música. “Sentimos falta de trazer uma programação para falar sobre música, e também queríamos que o evento tivesse atividades gratuitas, para que outras pessoas da cidade também participem do festival”, afirma, ressaltando que o evento foi todo realizado com recursos próprios, sem qualquer incentivo do poder público.

O primeiro debate, que acontece hoje, traz uma pergunta polêmica: “O que é música boa?”. “Em princípio, tinha preferido não aceitar o convite, porque o tema é muito espinhoso, uma conversa que tende a discutir o ‘sexo dos anjos’”, afirma o músico Kristoff Silva, que divide a mesa com Kiko Klauss, Kadu dos Anjos e Pedro Sampaio, às 19h30, no Guaja (Av. Afonso Pena, 2881 – Centro). “Depois, o convite se desenvolveu numa conversa e entendi que é possível dar alguma contribuição. Para mim, a música boa é um acordo a que se chega quando se compartilha dos mesmos valores, que podem ser estéticos ou não”, completa. 

Os outros dois debates discutem a produção de festivais na atualidade e a distribuição musical, e acontecem, respectivamente, nos dias 12 e 19 de setembro. “A música oferecida como entretenimento já satura espaços. Então, é muito bom que os festivais abram espaço para conversos e encontros de outros interesses”, pontua Silva. 

Já o Ocuppy Beagá contará com shows de bandas da cena independente da cidade, como Zimum, Pequeno Céu, Túlio Araújo, e Pedro Morais. “Para nós, é também muito importante mostrar a potência da produção da música mineira, que está super aquecida”, finaliza Brandão.

Serviço:Emibreve/Occupy Beagá. De hoje a 23 de setembro, em diversos locais da cidade. Entrada franca. Programação completa em www.facebook.com/brevefestival.

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