(Fox Filmes)
Nada como um filme de ação para justificar a política dos Estados Unidos para o exterior. Desde que o combatente Rambo se tornou porta-voz do governo Ronald Reagan, na década de 80, o cinema norte-americano passou a ser a propaganda ideal para endossar as intervenções do país pelo mundo.
O que vale também para a administração de Barack Obama. Criticada recentemente por conta do uso de "drones" (aviões não tripulados de guerra) em território estrangeiro, o presidente ganha resposta com a quinta aventura do detetive bom de briga John McClane.
À beira da aposentadoria, McClane ressurge em "Duro de Matar – Um Bom Dia para Morrer" – uma das estreias desta sexta (22) nos cinemas – numa história de espionagem internacional, em que o seu filho (Jai Courtney), desaparecido, é encontrado na Rússia envolvido com perigosos criminosos.
Inimigo do Mundo
Além de passar o bastão para um McClane mais jovem e assegurar o prosseguimento da franquia, o filme traz as caras e bocas de Bruce Willis diante de uma cultura desconhecida e extremamente corrupta, que necessita de uma intervenção ianque para eliminar potenciais inimigos do mundo.
Fora o fato de mais uma vez brincar com o aspecto etário (algo na moda hoje em dia, tendo em vista os retornos de Stallone e Schwarzenegger ao gênero), o que já tinha feito com maior divertimento no quarto capítulo, McClane reprisa de forma mecânica as duas soluções mais corriqueiras em continuações: levar os protagonistas para um lugar exótico e dar-lhes um filho.