(Walter Craveiro/FLIP/Divulgação)
No universo dos animais selvagens, Bruna Beber diz nutrir um apreço particular pelas zebras. “Sempre gostei e me interessei por elas, por sua agilidade, beleza e extravagância selvagem”, conta a moça, nascida na baixada fluminense, radicada em São Paulo e que hoje responde por um dos nomes mais lembrados quando o assunto é o rol de expoentes da nova cena literária brasileira. O assunto “zebras” entra nesta história por ser o mote da primeira incursão de Bruna – um dos destaques da Festa Literário de Paraty, a Flip, no ano passado – no escaninho dos livros infantis. “Zebrozinha” (Record) é o título em questão. “Sempre quis escrever para crianças, mas nunca tinha tido ideia para uma história que me agradasse. Até que um dia imaginei Zebrosinha e comecei a escrever. Um ano depois, conversando com a Ana Lima e a Livia Vianna, editoras, elas se interessaram. Finalizei a história – e o processo de feitura do livro se deu totalmente em parceria com Beta Maya, minha amiga, pintora e ilustradora”, repassa. Ressalte-se que o trabalho de Beta é uma espécie de cereja do bolo do livro – os desenhos são divertidos e o uso de cores fortes resultam em ilustrações tão bonitas quanto curiosas. “A Beta é uma amiga muito próxima e talentosa, que admiro muito. Trabalhar com ela foi fácil, temos muitas afinidades e respeito pelo trabalho uma da outra. Ela também gosta muito de animais, e, entre os nossos amigos, esse é um assunto que sempre surge, os bichos, a natureza, o universo”, conta Bruna 2013 foi um ano particularmente profícuo para Bruna Beber – principalmente no que tange à sua vida profissional, o que ela trata de confirmar. “Publiquei ‘A Rua da Padaria’ (Record), meu último livro de poemas, e o ‘Zebrosinha’ (Galerinha Record). Com isso, viajei para muitas cidades, feiras e festas literárias para divulgar os títulos, dei oficinas de poesias etc”, enumera. Para este ano, diz ela, não há nenhum lançamento editorial em vista. “Mas estou trabalhando num romance, que ainda não tem data para sair. Paralelamente, sigo dando oficinas de poesia e participando de leituras e conversas em várias cidades. E dou continuidade ao trabalho de tradutora literária, que comecei no ano passado, com romances de língua inglesa”, diz ela, particularmente feliz com o bom momento pelo qual a poesia atravessa. “Sem dúvida ganhou mais espaço”, brinda.