Cabezas Flutuantes busca som dançante em segundo disco

Cinthya Oliveira
cioliveira@hojeemdia.com.br
01/04/2016 às 16:53.
Atualizado em 16/11/2021 às 02:44
 (Divulgação)

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Quem ouviu “Registro” (2012), o primeiro trabalho do grupo Cabezas Flutuantes, vai perceber uma boa mudança na sonoridade do projeto ao se deparar com o recém-lançado “Experimental Macumba”. Enquanto o primeiro disco tinha um som mais calmo, contemplativo, o novo dialoga com diferentes referências brasileiras, apontando para um novo caminho musical.

“Pesquisamos ritmos brasileiros, latinos, e exercitamos a liberdade de misturar com os barulhinhos e experimentos já característicos do trabalho pra fazer um disco bem pra cima, dançante. O Experimental Macumba traça um novo caminho, flerta com percussão e batidas eletrônicas que apontam para um caminho mais alegre, menos introspectivo”, conta Carou Araújo, acrescentando que o tom experimental permanece.

A artista explica que, enquanto a estreia fonográfica, foi feita a muitas mãos, fazendo com que o projeto tivesse um tom mais coletivo, dessa vez as composições ficaram concentradas entre ela e Fábio Cardelli. Mesmo que o projeto tenha se concentrado em duas pessoas, não quer dizer que toda uma turma de músicos de Belo Horizonte não deixasse sua marca no trabalho. Participam do disco Thales Silva, David Dines, Camila Alvarenga, Rodrigo Magalhães, Zé Renato Borgonovi, Geraldo Paim, Fernando de Sá, GA Barulhista, Kiko Klaus e vários outros.

“Trabalhar com essa trupe é sempre enriquecedor porque são excelentes profissionais e que têm tanto a acrescentar ao trabalho. Experimental Macumba fala um pouco de caos, e de como até dentro deste caos existe uma harmonia onde as coisas se encaixam, é mais um sentimento do que algo palpável, e é um pouco assim que nos sentimos dentro da cidade”, diz a artista.

Festival nos Estados Unidos

Mês passado, o Cabezas Flutuantes participou de um dos maiores festivais de música do mundo, o South By Southwest (SXSW), realizado anualmente em Austin (Texas/Estados Unidos). Para Carou, foi uma experiência muito bacana para o projeto, por ter tido uma boa receptividade por parte de um público que é bem interessado em ouvir coisas novas.

“Para além dos shows, participamos das paletras e encontros que aconteceram na Convenção, apresentamos nosso trabalho para várias pessoas, encontramos conhecidos e fortalecemos os contatos. Hoje em dia o artista que não faz esse network fica pra trás, né? Voltamos de lá com um saldo bem positivo e com novos contatos e idéias para trabalhar este disco que acaba de nascer”.

Ouça o disco no YouTube:

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