Caetano reafirma vanguarda e mostra tristeza e solidão

Altino Filho - Hoje em Dia
30/04/2013 às 11:08.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:17

Caetano Veloso foi o grande destaque da agenda de shows do último fim de semana em BH.

A plateia lotada do Palácio das Artes na noite de sábado aguardava com aquela elegância ressabiada dos mineiros o começo do “Abraça-ço”, show que, em tese, conclui a trilogia produzida por Caetano com a Banda Cê.

Assim que as projeções protocolares da Casa terminam, eis que surgem os músicos - quase que em uma fila indiana - e, no final dela, Caetano, agarrado a seu violão e a sua história.

Bem marcado

É tudo bem marcado e eles sabem que dali só sairão depois de 1 hora e cinquenta minutos quando a manjada “Luz de Tieta” der adeus ao público.

Como já mostrado em “Cê” e “Zii e Zie”, os dois primeiros trabalhos, “Abraçaço” é cheio de experimentações, guitarras distorcidas, pausas e abstrações (como as ilustradas pelo próprio cenário de Hélio Eichbauer que funciona como homenagem ao artista russo Malevitch).

No final do espetáculo, que percorre não só a trilogia mas sucessos antigos do artista, o carinho e os gritos dos jovens da plateia se misturam ao respeito dos mais velhos que, como ele, viveram o abraço de aço do tempo.

© Copyright 2024Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.Todos os direitos reservados.
Desenvolvido por
Distribuido por