Caetano Veloso e Gilberto Gil apresentam dois shows no Chevrolet Hall

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
25/09/2015 às 08:24.
Atualizado em 17/11/2021 às 01:51
 (Calos Henrique)

(Calos Henrique)

Assim como é impossível pensar em qual seria a história do rock se John Lennon nunca tivesse encontrado Paul McCartney, não dá para saber o que seria da MPB se não existisse a profícua amizade entre Caetano Veloso e Gilberto Gil. Trata-se de uma parceria tão arrebatadora que, quando a turnê “Dois Amigos, Um Século de Música” foi anunciada, houve uma corrida intensa pelos ingressos – inclusive em Belo Horizonte, onde shows acontecem amanhã e domingo, no Chevrolet Hall.

O novo encontro, que teve início em Israel e seguiu por várias cidades, relembra canções marcantes dos anos de movimento tropicalista – como “Domingo no Parque” e “Tropicália” – e muitos sucessos que o público conhece de cor e salteado – “Expresso 2222”, “Eu Vim da Bahia”, “O Leãozinho”, “Desde que o Samba É Samba”... Há ainda espaço para a inédita “As Camélias do Quilombo do Leblon”.

Na plateia dos dois shows, certamente haverá muitos músicos de Minas Gerais. Profissionais que não querem perder a oportunidade de aprender mais um pouquinho com seus mestres.

Destaque do cenário roqueiro de Belo Horizonte e integrante do site Retalho Cult, Luan Nobat, de 25 anos, é um deles. O músico é muito fã de Caetano e Gil e faz questão de comprar discos, DVDs e livros que tratem dos tropicalistas.

A paixão nasceu quando Nobat se deparou com as canções de Caetano Veloso. “O Caetano foi o primeiro artista do qual gostei por minha conta mesmo, sem influência do meio social. No início da adolescência, fiquei muito impressionado. Ele é um artista cosmopolita, livre de preconceitos. Desde sempre, ele passeou por todos ambientes estéticos”, lembra.

A partir de Caetano, passou a conhecer a obra de Gilberto Gil. Demorou um pouco mais para se tornar fã, mas hoje Nobat compreende a genialidade musical. “Vi que Gil é como Caymmi, alguém que é capaz de fazer músicas geniais com coisas muito simples”, completa.

Amizade

Integrante do grupo Todos os Caetanos do Mundo, a cantora Júlia Branco, de 29 anos, também verá os ídolos juntos pela primeira vez ao vivo. “Os Doces Bárbaros são as minhas principais referências desde a infância”, diz.

“Quero ver a amizade deles no palco. Já sei que vai ser um show incrível e espero que eles mostrem bem essa relação que existe entre eles”, diz Júlia. “Já vi muitos documentários sobre eles e gosto de ver como sempre dividiram muito em suas vidas”.


 

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