Camila Morgado explora o humor físico na comédia romântica “Bem Casados”

Paulo Henrique Silva - Hoje em Dia
04/12/2015 às 07:27.
Atualizado em 17/11/2021 às 03:12
 (Carlos Henrique)

(Carlos Henrique)

Camila Morgado está “virada”. Não dormiu direito após a exibição especial da comédia “Bem Casados” – que estreou esta semana em 450 cinemas do país – num shopping de BH, na noite anterior. Enquanto a atriz toma café no bar do hotel, o assunto, curiosamente, é bom humor.
 
Marcada por papéis sérios, na TV e no cinema, Camila, aos 40 anos, está tirando bom proveito do casamento. Quer dizer, das divertidas relações com seus pares em “Até que a Sorte nos Separe 2” e “Bem Casados” – sem falar em “Até que a Sorte nos Separe 3”, que estreará em breve.
 
E para quem já fez milhões de espectadores chorarem em “Olga”, ela agora mostra uma forte verve para a comicidade, roubando a cena no filme de Aluizio Abranches, na pele de uma tresloucada ex-amante que tira o chão de um fotógrafo de casamento (Alexandre Borges).
 
“Quando eu li o roteiro, vi que a Penélope é uma espécie de vilã muito carismática e charmosa. Não é a mocinha que sofre. Afinal, ela quer destruir o casamento do ex. Mas ao longo da história a gente vai se afeiçoando a ela, porque a maldade dela não é real”, observa Camila, que revela simpatia mesmo sem ter uma boa noite de sono.
 
Com bastante liberdade em cena, ela percebeu que poderia explorar o humor físico, terreno às vezes arenoso para muitos atores. “Fui inventando coisas. Fingi um tropeço e, na hora, o pessoal da técnica perguntou se eu tinha machucado. Mas o Aluizio sabia que era palhaçada minha”.
 
Para compor uma personagem atrapalhada, ela “botou coisas no corpo dela”. Explica que uma pessoa assim não tem noção de espaço. “Não pode ser só intelectual. Comediantes como Jerry Lewis trazem esse descompasso entre corpo e fala, com um mais lento do que o outro”.
 
Uma de suas referências é a Jennifer Lawrence de “O Lado Bom da Vida”, comédia romântica envolvendo dois desajustados. A personagem não tem suas “manias” consertadas ao final do filme, assim como Penélope. “Não tem a correção, mas tem a aceitação, o que é bacana. Ela será aceita do jeito que é”, destaca.
 

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