'Ancestral: Afro-Américas' fica em cartaz até 12 de maio e tem entrada gratuita
Com expografia orgânica, mostra oferece reflexões sobre a afirmação do corpo, a dimensão onírica dos sonhos e a reivindicação de espaço (Divulgação / Carol Quintanilha)
A partir do próximo sábado (8), uma exposição com mais de 130 obras de artistas afrodescendentes do Brasil e dos Estados Unidos estará à disposição do público no CCBB de Belo Horizonte. Após temporada em São Paulo, “Ancestral: Afro-Américas” reúne artistas de grande relevância no cenário internacional.
Com expografia orgânica, a mostra ficará em cartaz até 12 de maio, oferece reflexões sobre a afirmação do corpo, a dimensão onírica dos sonhos e a reivindicação de espaço. Por meio de três eixos – corpo, sonho e espaço – "Ancestral: Afro-Américas" promove um encontro que valoriza o conceito de identidade afro-americana no Brasil e nos EUA e também a arte decolonial.
A exposição não apenas homenageia os artistas que desafiaram as brutalidades e o apagamento do colonialismo, mas também busca fomentar um diálogo aberto sobre o impacto e a relevância das raízes africanas ancestrais na sua formação e em seus contextos sociais.
Dentre eles, os trabalhos inéditos das brasileiras Gabriella Marinho e Gê Viana e da norte-americana Simone Leigh, que traz uma obra nova de sua coleção pessoal. Natural de Chicago, a artista, reconhecida internacionalmente, é a primeira mulher afro-americana a representar os Estados Unidos na Bienal de Veneza. O também norte-americano Nari Ward traz para a mostra um trabalho criado em solo brasileiro exclusivamente para a ocasião. O artista incorpora em suas obras objetos do cotidiano, enriquecendo assim o intercâmbio artístico entre as nações.
Também fazem parte da mostra “Ancestral” nomes como Abdias Nascimento, ícone do ativismo cultural no Brasil, amplamente reconhecido por suas contribuições à valorização da cultura afro-brasileira e por ter sido agraciado com o Prêmio Zumbi dos Palmares. Entre os artistas norte-americanos, Kara Walker se destaca com sua arte provocativa, que examina questões históricas e sociais e lhe rendeu o prestigiado Prêmio MacArthur. Julie Mehretu é outra presença significativa, reconhecida por suas complexas pinturas que estabelecem um diálogo com a geopolítica atual, acumulando uma série de prêmios ao longo de sua carreira. Complementando esse panorama, a brasileira Rosana Paulino, premiada com o Prêmio PIPA, traz um olhar crítico sobre raça e identidade, ressaltando a diversidade e a profundidade das vozes representadas na mostra.
Serviço:
Mostra “Ancestral: Afro-Américas”
Local: Centro Cultural Banco do Brasil (Praça da Liberdade, 450 – Tel: 31 3431-9400)
Data: de 8 de março a 12 de maio
Horário de visitação: de quarta a segunda, das 10h às 22h
Retirda de ingressos: pelo site ccbb.com.br/bh e na bilheteria física do CCBB BH
Entrada gratuita
Classificação indicativa: livre
Direção Artística: Marcello Dantas
Curadoria: Ana Beatriz Almeida e Renato Araújo da Silva
Patrocínio: BB Asset e Google
Apoio: Centro Cultural Banco do Brasil, Embaixada dos Estados Unidos e Bank of America