Chega às livrarias 'A Conta-Gotas', vencedor do 10º prêmio Barco a Vapor

Lady Campos - Hoje em Dia
09/11/2015 às 08:12.
Atualizado em 17/11/2021 às 02:24
 (Edições SM/divulgação)

(Edições SM/divulgação)

A escritora Ana Carolina Carvalho, 44 anos, vai lançar, no dia 9 de dezembro, na livraria da Vila (Vila Madalena, em São Paulo), sua mais recente publicação “A Conta-Gotas” (Edições SM), livro vencedor do prêmio Barco a Vapor 2014. A autora, que também foi homenageada em setembro último durante a cerimônia de entrega do prêmio edição 2015 (“O Vento de Oalab”, do jornalista carioca João Luiz Guimarães), lançou e autografou seu novo título durante a cerimônia.

“‘A Conta-Gotas’ foi autografado durante a premiação do Barco a Vapor, mas agora quero poder lançá-lo, reunindo minha família e amigos”, disse a autora que ficou surpresa com a repercussão e os comentários das pessoas em relação ao seu terceiro livro. Ela também escreveu “Contos de Irmãos: Histórias de Aventura, Coragem e Astúcia” (Moderna, 2009) e é organizadora da coletânea de contos tradicionais “Dez Contos do Além-Mar” (Peirópolis, 2010).

Repercussão

“Tenho ]recebido mensagens da editora, leitores enviam e-mails e no próprio dia do lançamento fiquei impressionada com as pessoas me dizendo que começaram a ler o livro na fila e gostaram. Muita gente veio me dizer que o pai e a mãe foram embora... Me surpreendeu a forma como muitas pessoas se identificaram com a personagem principal”.

A protagonista, no caso, é Olívia, uma adolescente que cresceu sem ouvir palavra alguma sobre sua mãe, sem ao menos ver uma foto ou qualquer registro. “Minha mãe foi embora de casa quando eu era bem pequena. Para descobrir qualquer coisa sobre ela, tive que me virar. Precisei montar o quebra-cabeça por conta própria, nas brechas de conversas, nos rabos de olho, nos ‘não fala isso na frente da menina’ (a menina sendo eu, claro). Como no dia em que deparei com minha mãe no rosto fechado do meu pai, exatamente em uma ruga no canto da boca”, conta Olívia, que de maneira tocante faz o relato em pílulas, ou melhor, a conta-gotas.

“Estava na Flip Festa Literária Internacional de Paraty, em 2008, assistindo a uma palestra de uma escritora argentina que dizia que escutava conversas segredadas das amigas da avó. Comecei a pensar e a rabiscar ali mesmo uma história. Depois o livro começou a tomar forma, foi se delineando”, recorda-se Ana Carolina, que, por motivos pessoais e profissionais, só finalizou o título em dezembro de 2013.

Um parênteses para explicar que, por 13 anos, ela se dedicou ao exercício da Psicologia, e começou a escrever a partir do trabalho educacional e de formação de professores.
 

Delicadezas

O lado fascinante da história é que a autora consegue abordar, de maneira sensível e sem reducionismos, um tema difícil: o abandono materno. Ao mesmo tempo, prende o leitor com uma linguagem ágil e coloquial acerca de temas subjacentes, como autoconhecimento, conflitos familiares, dilemas adolescentes, entre outros. Da mesma forma que narra a história devagarinho, Ana Carolina consegue dar vazão aos conflitos psicológicos da adolescente Olívia.

“Minha ‘Memória de Mãe’ crescia. Não chegava a transbordar, mas as gotas já davam para matar a sede...”, narra a protagonista.

“É a história de Olívia, a busca dela pela mãe. Falo das transformações que ela e todas as meninas passam quando vão virando mulher. Em alguns momentos se aproximam e se identificam com a mãe, em outros, se distanciam. A adolescência, a família, os amigos, o namorado, a escola”, acrescenta a autora.

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