Chris Washburne encerra a programação do "Savassi Festival", no domingo

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
22/08/2014 às 07:41.
Atualizado em 18/11/2021 às 03:53
 (Ricardo Bastos)

(Ricardo Bastos)

A edição 2014 do “Savassi Festival” chega à sua reta final. Nesta sexta-feira (22) e sábado (23), a frente do Café com Letras Savassi será tomada por vários shows jazzísticos – sexta tem Wagner Souza Septeto, a partir das 20h, e sábado acontecem três apresentações, entre as 16h30 e as 20h30.

No domingo, é a vez de o público usufruir da tradicional festa de rua do evento. Nesta edição, apenas um palco será montado na rua Antônio de Albuquerque, com shows realizados a partir das 15h30. As pessoas interessadas devem retirar os ingressos gratuitos nas duas unidades do Café com Letras, além de doar um quilo de alimento não perecível.

A banda Phronesis (Dinamarca) e o saxofonista espanhol Eladio Reinón (que ainda realiza um workshop para profissionais) se apresentam sábado (na frente do Café) e domingo (no palco do evento).

Mas a principal atração da festa de rua de domingo é o trombonista Chris Washburne, convidado deste ano pelo festival para a realização de uma residência artística com a Big Band do Palácio das Artes. O resultado de uma semana intensa de trabalho será mostrado em um show (programado para as 20h30) e registrado em disco na semana que vem.

Honra

Washburne elogia a dedicação dos integrantes da Big Band. “Está sendo uma experiência muito legal, os músicos são muito talentosos e vê-los tocando as minhas músicas em um concerto inteiro é uma honra”, afirma o trombonista, que é especialista em música latina (especialmente sonoridades afro-cubanas) e diretor da Louis Armstrong Jazz Performance Program, da Universidade de Columbia (Nova York).

Segundo ele, a oportunidade de ensaiar durante uma semana uma coletânea de composições suas com uma banda é um luxo. “Não é muito usual se preparar tanto para uma apresentação. Nunca temos a oportunidade de ensaiar tanto e trabalhar os detalhes da música”, explica.
 
Saiba mais
 
Nesta sexta, a partir das 20h30, o Grande Teatro do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1537) recebe duas apresentações importantíssimas, ambas com a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, sob regência de Marcelo Ramos. Primeiramente, o saxofonista Nivaldo Ornelas mostra seu “Panorama Contemporâneo Brasileiro”. Depois, acontece a première da peça “Suíte Onírica”, de Rafael Martini, com textos de Makely Ka. Haverá a participação do Coral Lírico de Minas Gerais. A entrada custa R$ 20 e R$ 10 (meia)

As duas apresentações serão repetidas no domingo, no Parque Municipal, dentro do projeto “Concertos no Parque”, da Sinfônica. Às 10h, acontece a apresentação de Nivaldo Ornelas. Já a peça de Martini tem início às 10h45. Esse concerto é gratuito.

Evento abre espaço para o show da jovem banda local Sem Receita
 
O “Savassi Festival” também se propõe a abrir portas para artistas iniciantes do jazz. Em 2014, quem tem a oportunidade de dar o start na programação da festa na Antônio de Albuquerque, domingo, é a banda Sem Receita, em show que mistura música autoral com composições de famosos – como Jacob do Bandolim.

“Tocar no palco principal do ‘Savassi Festival’ é uma grande alegria e, também, uma grande responsabilidade. É um evento que frequentamos todos os anos, pois a programação sempre conta com apresentações de grandes ídolos, e não esperávamos fazer parte disso com tão pouco tempo de banda”, afirma o baixista Rodrigo Magalhães, adiantando que o primeiro disco do grupo deve sair ano que vem.

O quinteto nasceu há dois anos, quando o baterista Fernando Feijão e o vibrafonista Rodrigo Picolé foram participar do prêmio do BDMG. Chamaram amigos para ajudar nas apresentações e a liga foi tão grande, que decidiram manter a parceria.

De acordo com Magalhães, a heterogeneidade do grupo foi fundamental para que desenvolvessem uma sonoridade plural. “Eu acho que o passado e as atuais predileções musicais dos integrantes foram as características que fizeram o grupo ganhar essa cara tão híbrida. Feijão vem do rock e atualmente estuda muito jazz e música latina; eu vim do axé, do carimbó e da música popular brasileira; Harrison Santos (sax) das bandas civis do interior e da música erudita; Picolé é o cara do choro e o PC Guimarães (guitarra) curte a música mineira”, explica o baixista. “Percebemos que, ao invés de definir um estilo norteador em que todos os integrantes teriam que se encaixar, seria mais rico reunir todas as influências”.

Festa de encerramento – Rua Antônio de Albuquerque, entre ruas Alagoas e Sergipe, na Savassi. Domingo, a partir das 15h. Retirada de ingressos gratuitos no Café com Letras (rua Antônio de Albuquerque, 781). É preciso doar 1kg de alimento
 

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