Claudia Cimbleris lança nesta quarta a sua ‘Tabela de Instrumentação’

Os músicos e estudantes ganharam um instrumento que faltava: um atalho para escrever composições para diversos instrumentos. Trata-se da Tabela Cimbleris de Instrumentação que será lançada nesta quarta-feira (02), às 16h, na Sala Juvenal Dias (av. Afonso Pena, 1.537). Essa tarefa foi levada a cabo pela professora compositora, arranjadora e regente Claudia Cimbleris.

“Usamos como analogia a tabela periódica química. É um material (tabela musical) técnico e didático porque dá subsídios, como um atalho para escrever para vários instrumentos acústicos de orquestra, incluindo saxofones. Seja para o pessoal dos grupos de choro ou para escrever para uma orquestra, a pessoa precisa de informações sobre esses instrumentos, e vai obtê-la com muita objetividade e praticidade”, afirma Claudia, acrescentando que, hoje, para um músico escrever, se recorrer à internet terá informações (em português e inglês) dicotômicas e, na literatura, não existiria material substancial.

Nesta tabela, foram contemplados 36 instrumentos, ficando de fora piano e violão. “São instrumentos com poucas informações, se você não sabe, não vai conseguir escrever, é preciso um conhecimento maior”, justifica a professora, que compôs a trilha sonora do espetáculo da Fundação Clóvis Salgado, “Entre o Céu e as Serras”, para a Companhia de Dança Minas Gerais.

Cumpre dizer que essa ideia não surgiu da noite para o dia. Vem da participação de Claudia no “I Seminário Brasileiro da Música Instrumental”, em 1986, em Ouro Preto. “Outro dia, procurando algo qualquer para minha filha, vi um rascunho da tabela, que era a forma de memorizar esse conteúdo. Comecei a fazê-la dando cursos de arranjos, o que ficou perpetuada no ‘I Seminário Brasileiro da Música Instrumental’. Passando pelo corredor da casa, bati o olho nesse material e veio a ideia de deixar um legado”, observa.

A tabela, que será distribuída gratuitamente, foi inscrita no Fundo Municipal de Cultura, com tiragem de dez mil exemplares, sendo que pelo menos seis mil já foram doadas a escolas de músicas (UFMG, UEMG, Fundação Educação Artística), à Ordem dos Músicos do Brasil e ao Palácio das Artes. Outro ponto essencial é que a tabela será, em breve, lançada em formato e-book, pela editora italiana easyOpera.