Com apenas 16 anos, Camilo Frade estreia com importantes avais

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
08/07/2013 às 08:07.
Atualizado em 20/11/2021 às 19:51

Camilo Frade só tem 16 anos, mora na pequenina São Luiz de Paraitinga (SP), mas lançou um disco "de gente grande". Com recursos da lei de incentivo paulista, o PROAC, "Por Que Nós?" traz inéditas de expoentes da cena indie, como Karina Buhr, Teresa Cristina, Carlos Rennó, Lula Queiroga. E, ainda, regravações de Luiz Tatit e Itamar Assumpção. A produção é de Mau.

Para entender como Camilo conseguiu tão bons contatos é preciso conhecer seu "histórico". Seu pai, Nhô Frade, é ex-Grupo Paranga, conhecido nos anos 80 por fazer parte do movimento Lira Paulistana, e tem bons contatos na área cultural – em especial, Suzana Salles, cantora do Isca de Polícia e produtora da "Semana da Canção Brasileira", principal evento de São Luiz de Paraitinga.

A amizade permitiu que ele tivesse contato com grandes da MPB na infância. "Sempre conseguia entrar no camarim destes artistas, onde Suzana me apresentava. Às vezes, ela pedia para eu dar uma palhinha pra eles", conta Frade.

Esse contato precoce foi fundamental para que, com apenas 12 anos, fosse convidado para a gravação do DVD "Tributo a Elpídio dos Santos", ao lado de Fafá de Belém, Zeca Baleiro, Renato Teixeira e Zé Geraldo.

O fato de ter nascido numa cidade tão musical foi, pois, fundamental. "Tive contato com a música desde que nasci. Fez com que a minha formação musical ficasse cada vez mais segura, mais completa".

Fã confesso da cena musical alternativa

Quando o projeto foi aprovado já sabia quem queria para produtor. O Mau, produtor da Karina Buhr e da Anelis Assumpção, estava passando um tempo em São Luiz, e por ser amigo do meu pai, sempre trazia trabalhos que produzia e/ou tocava. Aquela linguagem moderna me conquistou. Ficava maravilhado".

Foi Mau quem ajudou nos contatos entre Camilo e compositores. "Nara, Nara, Nara" (Carlos Rennó e Lula Queiroga), por exemplo, foi feita especialmente para ele. Graças à influência do pai e do contato com a "Semana da Canção", ele aprendeu a apreciar a música indie. "Sempre fui muito focado na nova geração. Saí um pouco do conforto regional que São Luiz oferece e parti para uma cena mais alternativa que o Brasil vem formando".

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