Com disco novo, Elba Ramalho está de volta a Belo Horizonte

Elemara Duarte - Hoje em Dia
16/05/2013 às 10:29.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:44

Se é verdade que um sujeito "inteligente inventou o forró", não é exagero acrescentar que foi Elba Ramalho uma das grandes contribuintes a colocar a voz feminina a serviço do ritmo. Legado cuja autoria ela reafirma nesta quinta-feira (16), às 21 horas, no show "Vambora Lá Dançar", que apresenta no Palácio das Artes. O repertório é calcado no CD de mesmo nome – o 31º de sua carreira.

Além da "sua pátria" – o forró –, Elba adiciona xotes, maracatus, frevos e baladas românticas. Entre as inéditas, está, por exemplo, a balada-xote romântica "Porque Tem Que Ser Assim" (Chico Pessoa e Cezinha). Ou o "Frevo Meio Envergonhado" (Monique Kessous), o maracatu "Fibra de Cristal" (Sérgio Sá) e os forrós "Não Chora, Não Chora Não" (Petrúcio Amorim) e "Deitar e Rolar" (Antonio Barros e Cecéu, autores de vários sucessos de Elba).

Venha o que vier

Com a cara, a coragem e a experiência musical de mais de 30 anos, a cantora também abre brecha para o público escolher outras canções. "As pessoas pedem uma música, vou lá e canto um pedaço", diz a cantora.

Ela agradece aos anos a versatilidade que adquiriu na voz, não apenas nos agudos, tom que é marca da sua personalidade, mas nos médios e graves. "É uma mágica, não é um privilégio", admira-se. Para tirar proveito dessa polivalência, no último bloco do show, Elba Ramalho chega mais intimista e ataca de canções de Chico Buarque.

Entre elas: "O Meu Amor", que defendeu ao lado de Marieta Severo na antológica peça "Ópera do Malandro" (1978), escrita por Chico.

"Bio" de Elba

A cantora planeja escrever sua biografia mesclando, além da respeitada carreira musical, histórias sobre as obras sociais das quais participa e suas "experiências místicas e com Nossa Senhora". Mas, para que isso chegue ao papel, é preciso "o momento certo".

Um dos projetos do qual é voluntária é a rede "Brasil Sem Aborto", que incentiva mães a continuarem com a gestação. "Já salvei vários bebês", anima-se a artista, aos 61 anos – ela, que é mãe de Luã (com Maurício Mattar) e das filhas adotivas Maria Clara, Maria Esperança e Maria Paula.


Serviço

Elba Ramalho - "Vambora lá dançar" no no Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1.537). Ingressos: Setor I e II R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia) e Balcão R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia).

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