Com novo vocalista, Barão Vermelho volta à ativa com álbum de inéditas 'Viva'

Jéssica Malta
02/09/2019 às 08:41.
Atualizado em 05/09/2021 às 20:22
 (Marcos Hermes / Divulgação)

(Marcos Hermes / Divulgação)

Sobreviver à mudança de um vocalista não é tarefa para qualquer banda. Sobreviver à mudança de dois, então, é ainda mais difícil. Mas é isso que o Barão Vermelho faz ao lançar o disco “Viva”, primeiro trabalho desde a saída de Frejat, em 2004. Na verdade, prestes a completar 40 anos de estrada, o grupo, que já teve também Cazuza como líder, renasce com competência. 

Com nove canções inéditas, marca o retorno à ativa após 15 anos sem lançar um novo trabalho e é também o primeiro registro da formação atual do grupo, que agora tem à frente como vocalista Rodrigo Suricato. A banda segue com o baterista Guto Goffi e o tecladista Maurício Barros, dois dos fundadores do Barão. Fernando Magalhães completa a formação do quarteto. 

“O grupo está apontando para o futuro. Temos orgulho do que construímos no passado, mas estamos olhando para frente. O Suricato nos trouxe esse frescor para ir adiante”, sublinha Barros.

O tecladista volta oficialmente ao grupo, após sair em 1988. “O Barão me motivou a voltar ao Barão, a banda que eu criei. Quando o Frejat decidiu que sairia, o Guto (Goffi) me falou para voltarmos com o grupo. E eu senti vontade de estar novamente na banda, realizar novos discos e tocar o nosso repertório”, diz o tecladista.

Definindo-se como espécie de guardião do Barão, Guto Goffi, o único desde a formação original, destaca a continuidade do grupo. “Tudo isso é amor. Você mantém um casamento, uma sociedade, uma relação com muito amor. Hoje, todo mundo que está no Barão, ama o Barão”, diz. 

Revolução

Com canções que falam de amor, amizade e solidão, o novo disco do Barão Vermelho, 18ª da carreira da banda, dialoga com os dias atuais. “Em um momento como o atual, em que o país e o mundo estão polarizado, com discursos de ódio, falar de amor é revolucionário”, sublinha Barros. 

As composições são todas assinadas pelo quarteto. “Para nós isso é muito importante porque dá credibilidade para essa formação. Se o disco for bom, vão falar: esses caras não estão de bobeira, escrevem, tocam, fazem arranjos”. 

E se depender da avaliação do baterista, a resposta do público ao Barão de 2019 deve ser positiva. “Podemos até perder público, mas me sinto hoje em uma banda que melhorou depois de 38 anos. Digo que o Barão hoje está melhor em 20%”, garante ele. 

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