(Divulgação)
A cantora carioca Mariana Volker conheceu Belo Horizonte há apenas um mês. Tempo suficiente para se confessar completamente apaixonada. Não que ela tenha percorrido a cidade de cabo a rabo: o que cooptou a moça foi o carinho com o qual foi recebida pelos mineiros, a partir da colega Malvina Lacerda – com quem ela pretende se apresentar em breve, no CCCP, convidando também Júlia Branco.
Tudo dando certo, Mariana vai mostrar, na casa noturna da Savassi, o repertório do EP “Palafita”, apadrinhado por ninguém menos que Liminha, icônico produtor que ela conheceu quando integrava a banda Unidade Imaginária. “O grupo acabou em 2011 e eu fiquei meio perdida. Então, um dia, liguei para ele e perguntei na cara dura se devia continuar a carreira artística sozinha ou se insistir seria rasgar dinheiro”, rememora.
Liminha não só achou que a ruiva devia sim, continuar dando o ar da graça (e soltando a voz na estrada), como topou produzir o petardo a partir do material com o qual ela tinha feito uma demo. “Foi ótimo, ele é muito parceiro, soube traduzir o que eu queria. E nunca rolou imposição, tudo sempre muito conversado. Ele sabia das minhas referências, conseguiu acompanhar meu processo de amadurecimento. Fora que o Liminha é muito detalhista, nada é gratuito”, elogia a moça, feliz por estar recolhendo elogios com a iniciativa.
“O disco ficou pronto em 2013, mas ficou parada, porque tentei conseguir parcerias: eu queria lançar o EP com clipe, então, foi um tempo de amadurecer ideias e veio o de ‘Eterno Verão’, foi um timing muito bom. Neste meio tempo, conheci muita gente que me ajudou – acho que, no final das contas, foi uma conjunção astrológica”.
Mariana conta que, desde então, nada de ruim aconteceu. “Rolou um burburinho, umas resenhas bacanas, só portas abertas”, brinda. Entre elas (as portas), Mariana destaca o convite para participar do projeto “PatuÁ”, junto a Clarice Falcão. Vale lembrar que, em muitas matérias que circulam pela web, Mariana Volker é descrita, carinhosamente, como “uma cantora colorida”. O cabelo já explica um pouco de onde veio o apelido.
Mas, curiosamente, ela diz ser mais melancólica. “São fases, momentos. Mas ‘Eterno Verão’ é mesmo mais solar”. Sobre o visual, confirma que, sim, tem um certo apego à cor. “Quando estava na banda já incorporava essa estética colorida. Gosto de cores fortes, nos quadros que pinto é natural, nada forçado”.