Completando 24 anos, FID tem ótimos espetáculos para o final de semana

Jéssica Malta
17/10/2019 às 16:22.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:16
 (David Pupiales/Divulgação)

(David Pupiales/Divulgação)

Mais uma vez o Fórum Internacional de Dança – FID, um dos principais fomentadores do gênero artístico no país, lança os olhos para a produção latina. Com programação que vai de amanhã a domingo, o evento reitera a defesa da arte produzida no Brasil e também nos países vizinhos.  Nossa proposta é nos assumir como latinos. Nos últimos anos já temos trabalhado com artistas da região e o que trazemos é esse desejo de produzir, publicar e valorizar a arte que tem sido feita por aqui”, explica a curadora Caroline Silas.  Com tal proposta, a programação traz como atração internacional o espetáculo “Epitafios en el Viento”, do grupo Tatambud Danza, da cidade de Pasto, na Colômbia. A produção é coreografada e executada pelo bailarino Baldomero Beltráne.  David Pupiales/Divulgação / N/A

O bailarino e coreógrafo colombiano Baldomero Beltrán apresenta o espetáculo “Epitafios en el Viento” sábado e domingo, no Teatro Raul Belém Machado Com música executada ao vivo, o espetáculo também coloca em cena os ritmos e instrumentos tradicionais do país. “É um trabalho muito importante e potente porque fala desse corpo sendo transformado pela violência. É algo que estamos vivendo. Muita gente vai conseguir se identificar”, garante a curadora.  Além da apresentação, o bailarino colombiano compartilha sua trajetória e conversa com o público no “FID Autobiografia”, abrindo a programação do Fórum.  Diálogo com a academiaA produção acadêmica também ganha destaque na programação do FID através do “Fórum Afirmativas Latinas”, que reúne as pesquisadoras mineiras Lívia do Espírito Santo e Violeta Penna. A conversa tem mediação da professora Lívia Guimarães, do departamento de Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).  Doutoranda em Artes na universidade, Penna ressalta a importância de aproximar as pesquisas desenvolvidas na academia do público geral e da comunidade. “É fundamental para desmistificar esses lugares do saber”, diz.  Circulação Com 24 anos de história, o FID é uma das referências na fomentação da dança no país. Além disso, o fórum desenvolve importante papel na difusão da arte na capital mineira, principalmente por levar espetáculos e discussões para áreas que não se restringem aos centros. “O FID é o único festival que usou todos os equipamentos e aparelhos culturais da Fundação Municipal”, destaca Silas. “Essa circulação da arte é algo que defendemos desde o início”. 

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