Conheça Jimmy Choo, o Bull Terrier que virou estrela

Jimmy Choo tem apenas cinco anos de idade – e toda a simpatia do mundo. Há pouco mais de um ano, o bull terrier belo-horizontino começou a ser clicado pelo dono, o publicitário (também mineiro) Rafael Mantesso, 32 anos. E nem precisou muito tempo para que o cão ganhasse fama mundo afora.   Para começar, a foto dele foi compartilhada pelo ator norte-americano Ashton Kutcher. Depois, participou de uma campanha para ajudar uma ONG que resgata cães da mesma raça nos EUA, e teve importância reconhecida pelo presidente do canil inglês que desenvolveu a raça.   “Queria exatamente isso: mostrar que ele é um cachorro extremamente dócil, amável. O Jimmy sempre me entregou muito amor, e queria devolver amor a ele”, explica Rafael, que, junto a Jimmy, vive entre BH e São Paulo.   Tão logo as imagens de Jimmy ganharam destaque nas redes sociais (o perfil no Instagram de Rafael saltou de 20 mil para 190 mil seguidores em semanas), o publicitário foi convidado a fazer um livro sobre Jimmy – na verdade, um registro fotográfico, que contará com aproximadamente 100 imagens. Já em produção, a obra deve ser lançada no final do ano. Nos EUA, será publicado pela editora Penguin e, no Brasil, pela Intrínseca.   Como tem feito desde o início, Mantesso está produzindo fotos que dispensam legenda. Imagens bem-humoradas, delicadas obras de arte que trazem Jimmy Choo em uma variedade de poses peculiares, que vão do simpático palhaço ao valente escudeiro Sancho Pança.   “O Jimmy chegou para mudar a impressão que as pessoas tem sobre a raça. É um cachorro muito dependente do dono e extremamente tolerante. Ele é a ‘pessoa’ com quem converso em casa, um companheiro na medida certa”.      Homônimo ao estilista britânico que se tornou reverenciado pelas fashionistas   Começou assim mesmo, por desânimo. Quando Rafael Mantesso entrou no apartamento e viu a casa vazia, sentou-se no chão e decidiu que não iria mobiliá-la outra vez. Recém-separado, o publicitário havia combinado com a ex-mulher que, à exceção das coisas que lhe eram sentimentais, ela poderia ficar com tudo o que quisesse.   “Nesse fatídico dia lembro de ter soltado o Jimmy pelo apartamento. Ele correu por todos os cantos. Saía deslizando pelo chão, fez uma bagunça danada, estava curtindo ‘pra’ caramba todo aquele vazio – e foi aquela energia que me contagiou. Naquele dia, 14 de janeiro do ano passado, decidi que aquela casa não teria mais tantos móveis como antigamente, mas também não lhe faltaria cor. Foi naquele momento que decidi que voltaria a desenhar”.   Se o recomeço artístico do mineiro teve seu ponto de partida bem ali, o primeiro contato com o simpático e dócil Jimmy Choo já era uma história, felizmente, mais antiga. Foi ao lado da ex-mulher, inclusive, que o publicitário comprou o bull terrier em BH – e também foi ela quem escolheu o nome do cão.   “Ela é estilista e, na época, amava a marca de sapatos inglesa Jimmy Choo. Quando ela deu esse nome para ele, fiquei p*. Dar nome de sapato para o cachorro? Depois desisti e falei: ‘coloca o nome que quiser, não vou chamar ele de Jimmy mesmo’. Mas é claro que não adiantou e é engraçado porque, hoje, não consigo imaginar um nome melhor para ele”.   Dos muitos e-mails que Rafael recebeu desde que Jimmy ganhou fama internacional está a mensagem de Sandra Choi – diretora criativa da marca de sapatos inglesa. “Quando li a mensagem dela, percebi quão grande as coisas tinham ficado. Choi é simplesmente a pessoa que inspirou até o corte de cabelo da minha ex-mulher. Ela (a diretora) escreveu porque queria saber o porquê de termos escolhido esse nome. Contei tudo, disse até que, no início, preferia que ele se chamasse Manolo Blahnik (outro criador de sapatos concorridíssimos). Ela ficou p*”, diz, aos risos.   Se um dia Jimmy Choo terá algum projeto com a marca homônima, Mantesso se recusa a contar, mas nem é preciso ter bom faro para saber que qualquer passarela parece ficar cada vez menor para esse cãozinho.