(Paulo Filho / Divulgação)
O corpo fala. Exala sentimentos diversos. Na Grécia Antiga, as festas dionisíacas eram uma exaltação dessa maravilhosa – e poderosa – máquina humana. O Carnaval reflete bem esse lado mundano e hediondo dos prazeres da carne. O corpo é e pode ser uma centelha de vida – e de conhecimento.
É esse o mote do 9º Festival de Verão da UFMG, que começa na segunda e segue até sexta-feira com o tema “O Corpo é uma Festa”. A programação será dividida em várias unidades da instituição: Campus Saúde (avenida Alfredo Balena, 190, Santa Efigênia), Centro Cultural (avenida Santos Dumont, 174, Praça da Estação), Conservatório (avenida Afonso Pena, 1.537, Centro) e Espaço do Conhecimento (Praça da Liberdade, s/nº).
Coordenadora do projeto na diretoria de Ação Cultural da UFMG, a professora Denise Pedron justifica a escolha do corpo como ponto de partida para o festival devido à necessidade de valorização dele até como espaço de produção do saber na universidade. “No ambiente acadêmico, estamos acostumados a privilegiar o raciocínio, a mente. Então achamos oportuno focar no saber do corpo”, argumenta.
Atrações
A programação inclui exposições, oficinas, performances, espetáculos teatrais e shows.
Uma das oficinas será ministrada pelo músico Babilak Bah, que vai tratar de “ritmo, corpo e palavra”. O tema, revela, já está presente na rotina de trabalho dele. “Venho fazendo isso no campo da música”, diz o compositor, cuja atuação poderá ser conferida de terça a sexta-feira, das 14 às 18h, no Centro Cultural da UFMG.
A ciência não poderia ficar de fora. E será abordada, por exemplo, pelo professor Guilherme Augusto Silva Pereira, em uma oficina de introdução à robótica.
O robô é um tipo de corpo que não é humano nem animal, mas artificial”, explica. Durante o encontro, os participantes usarão kits educacionais para projetar, construir e programar as próprias máquinas.
“A robótica está cada vez mais presente no dia a dia das pessoas, principalmente com a chegada ao mercado de aparelhos como o aspirador de pó e o cortador de grama que funcionam sozinhos”. A oficina acontece de terça a sexta, das 14 às 18h30, no Conservatório da UFMG.
Praça do povo
Este ano será a primeira vez em que parte do festival acontecerá no Espaço do Conhecimento, na Praça da Liberdade.
Lá haverá uma série de oficinas, dentre elas uma que quer abordar a relação entre a praça e os frequentadores invisíveis (garis e moradores de rua) desse espaço. Durante a ação, será bordada uma toalha de mesa coletiva.