(Ricardo Bastos / Hoje em Dia)
Os rostos pintados, as camisas pretas, o som pesado e muito menos a língua saliente de Gene Simmons. Nada disso impediu que um bom número de crianças e pré-adolescentes comparecesse ao ginásio do Mineirinho para assistir ao show do Kiss, na noite desta quinta-feira (23). Muitas delas influenciadas pelo gosto dos papais quarentões, que vivenciaram a fase áurea da banda, nas décadas de 70 e 80. Com o garoto Gabriel Dias, de 9 anos, curiosamente aconteceu o contrário: foi ele quem incentivou seus pais Sérgio e Natália a comprarem os ingressos. “É o presente de aniversário dele. No lugar de uma festa, ele preferiu o show”, revela a orgulhosa mãe. A explicação está nas aulas de guitarra iniciadas há dois meses, em que os riffs de Paul Stanley despertaram a sua atenção. “O Gabriel ainda não sabe o nome das músicas, mas na hora que o Kiss começar a tocar ele irá se lembrar dos riffs”, registra Natália. Tanto ela como Sérgio curtiram o som do grupo na adolescência. “Hoje, porém, não viríamos ao show se não fosse o Gabriel”, avisa Sérgio. Teresa Kurimoto levou os dois filhos, Igor e Fernando, com o propósito de apresentar “uma experiência única e que poderá nunca se repetir”, observa a mãe, que também aprendeu cedo a gostar das canções do Kiss. Cecília Sávio, de 13 anos, foi ao Mineirinho a contragosto da mãe Márcia, justamente uma das produtoras do show em Belo Horizonte. “Não conhecia (o grupo), mas fiquei curiosa após pesquisar na internet”, admite Cecília, que gosta mais de pop.