A amizade com o cubano radicado em Belo Horizonte Santiago Reyther foi fundamental para o desenvolvimento estético do primeiro álbum de Cristiano Cunha. No disco "Pro Fim do Inverno", que será lançado neste sábado (6), na Sala Juvenal Dias, o músico mineiro revela a influência que recebeu de ritmos da ilha caribenha, em especial o feeling (um ritmo menos acelerado do que aqueles mais famosos, como a rumba).

"Por meio do Santiago, conheci o feeling e passei a investigar melhor esse ritmo, adequado ao meu canto", diz Cristiano Cunha. A pesquisa o levou até outro cubano, Yaniel Matos, que mora em São Paulo há mais de dez anos. Foi ele o responsável pela produção do trabalho.

"Prefiro dizer que é um disco nosso, pois foi construído a partir da grande troca de informações com o Yaniel. Eu tinha muita coisa na minha cabeça, mas foram fundamentais a harmonização e os arranjos criados por ele", diz Cunha.

Das 11 faixas, apenas duas não são de Cunha. Ambas foram presentes de amigos de estúdio: "Las mañanas y un jardín", de Yaniel Matos e composta para o disco, e "Isaura", uma releitura da composição do músico e produtor musical Kiko Klaus, que assina como técnico de gravação, mixagem e masterização do álbum.

Cênico

Para o show de lançamento – onde também irá interpretar sucessos de Gilberto Gil, João Bosco, Lucas Santtana, entre outros –, Cristiano Cunha está cuidadoso em relação a todos os detalhes.

"Além dos ensaios, por conta de uma preocupação musical, também estou de olho em tudo que se refere ao aspecto cênico", que além de músico, é também ator, formado no Centro de Formação Artística do Palácio das Artes (Cefar).

Serviço

Show de Cristiano Cunha na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes (avenida Afonso Pena, 1537), neste sábado (6), às 20 horas. Entradas a R$ 10 e R$ 5 (meia).