Novo álbum marca virada estética da cantora, com glamour teatral
Capa de The Life of a Showgirl, novo álbum de Taylor Swift; estética “showgirl” e paleta laranja pautam a era (Taylor Swift/Instagram)
Taylor Swift trocou a melancolia dos poetas torturados pelo brilho das plumas. Lançado nesta sexta-feira (3), The Life of a Showgirl apresenta a artista o 12ª álbum, com estética perfomática, repleta de referências a cabarés e espetáculo, em contraste à densidade confessional do último trabalho, The Tortured Poets Department.
Descrito pela própria Taylor como uma guinada, o novo álbum retoma parcerias com os produtores Max Martin e Shellback - responsáveis por Red, 1989 e Reputation - e aposta em uma sonoridade mais pop, vibrante e teatral. A transição chama atenção não apenas pela música, mas também pelo visual: cores vivas, figurinos chamativos e um imaginário ligado ao palco.
A mudança foi apresentada em agosto, quando Swift revelou capa e tracklist no New Heights, podcast apresentado pelo noivo, Travis Kelce, e por Jason Kelce (cunhado da cantora). No programa, ela disse que o álbum trata de “tudo o que estava acontecendo por trás da cortina” durante a turnê - ou seja, não é só o brilho do palco, mas o que ela vivia nos bastidores.
Ela também falou ao responder por que escolheu a cor laranja como tema visual: “Sinto que é meio energeticamente como minha vida esteve, e esse álbum é sobre o que estava acontecendo nos bastidores da minha vida interior durante essa turnê … Exuberante, elétrica, vibrante”.
Se o trabalho anterior expandia o diário íntimo, Showgirl encurta o formato e aposta em refrões imediatos e arranjos cintilantes.
Sem abrir mão de camadas biográficas, Swift flerta com imagens de bastidores - camarins, plumas, maquiagem - e com o contraste entre brilho e exaustão.
Em 26 de agosto, Swift confirmou o noivado com Travis Kelce numa postagem que virou manchete de jornais. O detalhe ajuda a entender por que parte do público lê, no novo repertório, sinais de uma fase mais leve e assumidamente romântica, embora a artista preserve o filtro simbólico entre vida privada e composição.
Críticas iniciais destacam a mudança de registro e o humor da escrita, além da pulsação pop em contraste com a densidade do antecessor. Há, também, leituras mais céticas sobre o alcance lírico do projeto. Nos fóruns de fãs, o debate é intenso - do entusiasmo pela estética “cabaret” à cobrança por riscos maiores.
O álbum já está nas plataformas de streaming, com 12 faixas na edição padrão.
*Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca
Leia mais: