Novo álbum

Da poesia sombria ao brilho das plumas: Taylor Swift se reinventa como showgirl

Novo álbum marca virada estética da cantora, com glamour teatral

Ana Luísa Ribeiro*
aribeiro@hojeemdia.com.br
03/10/2025 às 19:29.
Atualizado em 03/10/2025 às 19:55
Capa de The Life of a Showgirl, novo álbum de Taylor Swift; estética “showgirl” e paleta laranja pautam a era (Taylor Swift/Instagram)

Capa de The Life of a Showgirl, novo álbum de Taylor Swift; estética “showgirl” e paleta laranja pautam a era (Taylor Swift/Instagram)

Taylor Swift trocou a melancolia dos poetas torturados pelo brilho das plumas. Lançado nesta sexta-feira (3), The Life of a Showgirl apresenta a artista o 12ª álbum, com estética perfomática, repleta de referências a cabarés e espetáculo, em contraste à densidade confessional do último trabalho, The Tortured Poets Department.

Descrito pela própria Taylor como uma guinada, o novo álbum retoma parcerias com os produtores Max Martin e Shellback - responsáveis por Red, 1989 e Reputation - e aposta em uma sonoridade mais pop, vibrante e teatral. A transição chama atenção não apenas pela música, mas também pelo visual: cores vivas, figurinos chamativos e um imaginário ligado ao palco. 

A mudança foi apresentada em agosto, quando Swift revelou capa e tracklist no New Heights, podcast apresentado pelo noivo, Travis Kelce, e por Jason Kelce (cunhado da cantora). No programa, ela disse que o álbum trata de “tudo o que estava acontecendo por trás da cortina” durante a turnê - ou seja, não é só o brilho do palco, mas o que ela vivia nos bastidores. 

Ela também falou ao responder por que escolheu a cor laranja como tema visual: “Sinto que é meio energeticamente como minha vida esteve, e esse álbum é sobre o que estava acontecendo nos bastidores da minha vida interior durante essa turnê … Exuberante, elétrica, vibrante”.

Se o trabalho anterior expandia o diário íntimo, Showgirl encurta o formato e aposta em refrões imediatos e arranjos cintilantes.

Canções e leituras possíveis

Sem abrir mão de camadas biográficas, Swift flerta com imagens de bastidores - camarins, plumas, maquiagem - e com o contraste entre brilho e exaustão.

Em 26 de agosto, Swift confirmou o noivado com Travis Kelce numa postagem que virou manchete de jornais. O detalhe ajuda a entender por que parte do público lê, no novo repertório, sinais de uma fase mais leve e assumidamente romântica, embora a artista preserve o filtro simbólico entre vida privada e composição. 

Primeiras reações

Críticas iniciais destacam a mudança de registro e o humor da escrita, além da pulsação pop em contraste com a densidade do antecessor. Há, também, leituras mais céticas sobre o alcance lírico do projeto. Nos fóruns de fãs, o debate é intenso - do entusiasmo pela estética “cabaret” à cobrança por riscos maiores. 

O álbum já está nas plataformas de streaming, com 12 faixas na edição padrão.  

*Estagiária, sob supervisão de Renato Fonseca

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