(Disney)
“Tomorrowland: Um Lugar Onde Nada é Impossível”, que também estreia nesta quinta-feira (4), fala do futuro, mas com um pezinho no passado. A produção estrelada por George Clooney recupera a essência dos filmes de fantasia da década de 80, como “E.T.”, “O Último Guerreiro das Estrelas” e “Viagem ao Mundo dos Sonhos”. O que mais aproxima esse longa do diretor Brad Bird (de “Os Incríveis”, em segunda incursão fora do universo da animação, após o quarto “Missão Impossível”) das aventuras mágicas de 30 anos atrás é recuperar a função das crianças e jovens como sinônimo de esperança para um mundo mais justo, em contraposição aos adultos belicosos e pessimistas. Paraíso Outro elemento é ser “o escolhido” por carregar características de generosidade. É o caso da garota Casey (Britt Robertson), que recebe um bottom que, na verdade, é um passaporte para outra dimensão, onde os humanos convivem sem guerras, políticos e diferenças sociais. Seria um paraíso se não fosse... por um adulto. Nesse tipo de filme, o adulto que mais tem sintonia com os jovens é alguém que esqueceu de crescer, papel que cabe a Frank (Clooney), um cientista brilhante que resolveu se recolher após ver o mundo utópico ser distorcido pelo desejo de poder. O otimismo de Casey é o que o leva de volta a Tomorrowland. Bird se equilibra muito bem entre o humor ingênuo, a ação e a ficção. Os efeitos especiais geram situações funcionais dentro da trama. Muitos dos apetrechos futuristas são uma forma de conhecer o universo de seus protagonistas, criando até mesmo relações emocionais – como mostrar seres alienígenas que são mais humanos do que muitos de nós. (PHS)