Desafio para a cultura: está mais difícil conseguir patrocínio

Cinthya Oliveira - Hoje em Dia
11/08/2013 às 15:01.
Atualizado em 20/11/2021 às 20:53

Quem trabalha com produção cultural sabe muito bem. Desde a criação das leis de incentivo, 2013 tem se revelado o pior ano para o setor. E há quem faça uma prospecção pessimista para o ano que vem, quando toda atenção do país (inclusive, de todo empresariado) estará voltada para a Copa do Mundo.

Uma das grandes questões apontadas pelos produtores mineiros é a queda do investimento em projetos culturais por parte das grandes empresas – em especial, a Usiminas e a Vivo, que, juntas, representaram 34% do investimento em 2010 e 2011.

Alguns projetos foram adiados, outros cancelados ou realizados com menos recursos em 2013. Um dos exemplos é o Savassi Festival, cuja edição do mês passado foi feita com apenas 40% da verba de 2012.

“A crise está sendo motivada por diferentes fatores. Há desde a mudança no setor elétrico, que afetou a Cemig, até a crise econômica. As empresas cortaram até mesmo seus eventos corporativos”, afirma Bruno Golgher, gestor do Savassi Festival.

O empresário acredita que as grandes empresas passaram a investir mais em eventos e projetos de repercussão nacional, diminuindo o interesse por iniciativas regionais. “Para fazer uma edição em Nova York, estou tendo que colocar dinheiro do meu bolso”.


Cancelado

Por não conseguir aprovação na lei municipal, o artista e produtor Tee desistiu de realizar a edição 2013 do Festival de Arte Digital. “Toda a nossa programação é gratuita. Se não consigo captar R$ 100 mil, fica inviável”, explica o produtor, que já havia negociado com um patrocinador, que se interessa pelo projeto, mas não quer financiar sem contar com a renúncia fiscal.

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