(Fred Santhi/Divulgação)
O viés educativo marca a caminhada do percussionista mineiro Tunico Villani desde seu primeiro contato com a capoeira, passando pelos ensinamentos adquiridos com o grupo Uakti, até o trabalho social desenvolvido com jovens periféricos. Essa trajetória se traduz artisticamente em seu primeiro disco, que será lançado nesta quarta-feira (23), na Sala Juvenal Dias, no Palácio das Artes.
Gravado junto ao Grupo Karakuru, o álbum tem direção artística de Paulo Santos (Uakti) e traz elementos rítmicos do maracatu, do congado e do forró. “As músicas transitam por esse universo da cultura popular brasileira e têm também a influência da linguagem do Uakti, com contagens rítmicas quebradas e timbres diferentes”, afirma Villani. “Muitas das músicas surgiram das oficinas que venho dando ao longo desses anos”, completa.
Villani conta que seu trabalho social com a percussão começou em 1998, na Vila Acaba Mundo, comunidade da Região Centro-Sul de Belo Horizonte. “Comecei a ensinar percussão e dança afro para os meninos, que eram bem novinhos na época. À partir desse projeto, surgiu o Querubins, onde trabalhei por quase 20 anos”, afirma. “Os meninos cresceram e alguns se destacaram e passaram a me acompanhar em apresentações. Foi daí que veio o Karakuru”, diz.
O percussionista destaca, ainda, que o show terá participações especiais dos “mentores” Paulo Santos e Décio Ramos, do Uakti. “O disco é uma síntese da minha trajetória e o show será uma grande celebração”, finaliza.
Serviço: Tunico Villani e Grupo Kurakuru. Quarta-feira (23), às 20h, na Sala Juvenal Dias, do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1.237 – Centro). Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).