Eduardo Coutinho é assassinado no Rio; filho é o principal suspeito

RIO DE JANEIRO - O cineasta Eduardo Coutinho, de 81 anos, foi assassinado a facadas hoje por volta das 11h50 dentro de casa, no bairro da Lagoa, zona sul do Rio. O filho, Daniel Coutinho, é tido como o principal suspeito, segundo a polícia. Ele era um dos maiores documentaristas do país, responsável por obras como "Edifício Master", "Jogo de Cena", "Babilônia 2000" e "Cabra Marcado para Morrer".

De acordo informações da Divisão de Homicídios, ele também seria o responsável por esfaquear a mãe e, em seguida, teria tentado se matar. A mulher do cineasta, Maria das Dores, de 62 anos, está internada em estado grave no Hospital Miguel Couto, no Leblon. Ela levou duas facadas no peito, três no abdômen e apresenta uma lesão no fígado. Daniel, filho do casal, chegou ao hospital com duas facadas no abdômen e se encontra estável. Os dois foram submetidos a cirurgias.

Apontado como autor das facadas que mataram o pai, Daniel tinha problemas mentais e era dependente de drogas, segundo amigos do cineasta ouvidos pela Agência Estado. A produtora de cinema Vera de Paula contou que Coutinho procurou ajudar o filho empregando-o em seus filmes, mas as tentativas nunca deram certo.

"Ele colocava o filho na equipe, levava para as filmagens, tentava ajudar, mas sempre dava confusão. Ele tem problemas mentais e usava drogas. Coutinho era muito discreto, mas sabemos que sofria muito com essa situação", disse Vera.

O porteiro do prédio da família, na zona sul do Rio, ouviu gritos vindos do apartamento de manhã. Os bombeiros foram acionados às 11h48. Eduardo Coutinho morreu em casa. Ainda não foi divulgado que ferimentos sofreu. Não há informações sobre velório e enterro. Quem está tomando as providências é o filho Pedro, que é promotor de Justiça na cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio.

Atualizada às 18h53