(Caio Gallucci/divulgação)
O nome do espetáculo já mostra força e essência: “Elis, A Musical”. “O comum seria colocar ‘O Musical’, mas Elis foi uma pessoa entregue à música e Nelson Motta trouxe esse vigor para o título”, comenta a atriz Lília Menezes, que dá vida à “Pimentinha” nos palcos. Visto por mais de 300 mil pessoas desde a estreia, há três anos, a peça retorna a BH neste fim de semana.
Para Lília, que reveza o papel com a atriz Laila Garin, o sucesso se deve ao fato de trazer o lado humano da cantora gaúcha. “A fragilidade, a parte enérgica, a emoção e o lado mãe. Está tudo no espetáculo. O lado humano e não apenas o viés de diva inacessível”.
Com texto de Patrícia Andrade e Nelson Motta, e direção de Dennis Carvalho, veterano das novelas e estreante nos teatros, a peça começa com um tom quase juvenil e vai ganhando maturidade. Algo bem próximo do que foi a carreira da cantora ícone da MPB.
“Parece uma história da clássica menina que chega do interior com um grande talento que precisa ser lapidado”, comenta Lília. Mas no caso de Elis isso não dá muito certo. “Ela continua sendo um tanto desengonçada na dança, sem aquela ginga carioca que tentaram lhe imprimir. Ainda bem, pois não seria a nossa Elis”, brinca a atriz.
Liberdade
Sobre a responsabilidade de não cair no lugar da pura imitação, Lília discorre: “Fomos pelo viés da homenagem. E, nesse sentido, tentamos encontrar a essência da Elis que havia em nós. E tivemos a liberdade de fazer da nossa forma”, conta a atriz, ao revelar que seu texto tem leves diferenças para o interpretado por Laila Garin. “Fizemos isso para ficar mais orgânico e confortável”, justifica.
Toda a história é embalada por canções famosas na voz de Elis, como “Águas de Março”, “Aos Nossos Filhos”, “Como Nossos Pais” e “Fascinação”. Ao todo, 51 obras integram o repertório, entre músicas, medleys e vinhetas.
“ELIS, A MUSICAL” – Sesc Palladium (av. Augusto de Lima, 420). De 15 a 17/4. Sexta e sábado, às 21h, e domingo, às 19h. De R$ 25 a R$ 200