A banda carioca Do Amor conquistou um bom destaque na cena independente em 2010 graças a um álbum de estreia de sonoridade festiva, com referências a vários ritmos dançantes do país – em especial, o carimbó paraense. Veio o amadurecimento musical e o segundo álbum, "Piracema", prova que o quarteto sabe ir além do tom festivo. "Tem um lado parecido com o primeiro nas músicas animadas, mantendo um bom humor, mas há também momentos de respiração. A gente agora se permite levar a sério algum assunto ou alguma música, de ser mais introspectivo", diz o baixista Ricardo Dias Gomes – que, assim como o baterista Marcelo Callado, também faz parte da Cê, banda de Caetano Veloso. Muito da estética de "Piracema" se deve à pré-produção, feita durante duas semanas de dezembro de 2011 em um sítio. O clima de intimidade e tranquilidade do encontro foi decisivo para os novos caminhos sonoros do quarteto. "Piracema" é resultado do significante amadurecimento da relação entre os integrantes da banda. O aprofundamento na relação interferiu muito para o amadurecimento artístico", explica. Entre Amigos Lançado também em vinil duplo, o álbum contou com muitos amigos nas gravações: Arto Lindsay, Kassin, Pedro Sá, Moreno Veloso, Jonas Sá, Gustavo Ruiz, Berna Ceppas, Moreno Veloso, Rodrigo Amarante entre outros. "Gravamos praticamente tudo ao vivo, isso dá uma maior espontaneidade ao resultado final. Existe um desafio maior quando tem que tocar todo mundo junto", diz. Desafio maior é conciliar as agendas dos músicos para dar conta da demanda. Gomes e Callado, por exemplo, viajam muito com Caetano. "Temos que ter uma ótima comunicação entre todos para marcar os shows", diz Gomes. O show de lançamento no Rio de Janeiro está previsto para 7 de setembro, mesmo mês em que o Do Amor toca em São Paulo e Buenos Aires. É quando a banda saberá se as músicas mais calmas, ainda não testadas em shows, agradaram ao público.

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