"Entre Nebulosas e Girassóis" aborda amor inatingível

A Cia. Teatro Adulto e a Primeira Campainha investem recursos próprios na divisão do mesmo teto, na Floresta. Ter uma sede sem ajuda do poder público é só uma das demandas que Luís Arthur vem sendo chamado a dar conta. Professor e coordenador da Escola de Teatro da PUC Minas, ator admirável, ele encabeça o elenco de “Entre Nebulosas e Girassóis”, hoje e amanhã, no Teatro João Ceschiatti, pelo 7º VAC.

Nesta primeira peça de Rafael Neumayr, Luís Arthur faz um cara maduro e solitário tomado de amor do tipo inatingível por uma jovem. Júlia Marques interpreta a tal amada; e Rafael, a projeção remoçada que o protagonista faz de si mesmo. Cynthia Paulino, mulher de Luís, assina direção, figurinos e trilha sonora do espetáculo.

O texto da peça seria “rebuscado e poético”, “nem um pouco coloquial, mas de conteúdo bonito”. E teria proporcionado enorme aprendizado.
“Há uns 20 dias me advertiram que eu estava me justificando como o personagem, culpando a falta de tempo. Isso provocou uma virada na compreensão do meu desempenho. Pois eu não teria como mudar minha carga horária, teria que conviver com essa loucura e dar o melhor de mim como ator”, afirma Luís.

Casa nova

No próximo dia 8, a Escola de Teatro PUC Minas deixa a Praça da Liberdade e se instala num prédio novo, de dois pisos, no campus Coração Eucarístico. A Escola transformou a vida profissional de Cynthia e Luís e da Cia que eles fundaram. Dos oito colegas de ofício, cinco vieram da PUC: Gustavo Freitas, Pipa Cavalcanti, Alessandro Aued e Júlia que compõem a ficha técnica de “Entre Nebulosas e Girassóis”.

Depois desta estreia no Ceschiatti, o espetáculo faz quatro sessões pelo Fringe. Se aquece também para a mostra teatral mineira no Festival de Curitiba em cinco sessões no Memorial Minas Gerais/Vale, entre 7 e 17/3. Vamos ver?