Eraldo Miranda reconta histórias pré-colombianas

Lady Campos - Hoje em Dia
08/06/2015 às 08:21.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:23
 (DIVULGAÇÃO)

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Aventura, mistério e seres mitológicos embalam as lendas da era pré-colombiana, ou seja dos povos astecas, incas e maias, que viveram em terras americanas antes das viagens do navegador italiano Cristóvão Colombo. Encantado pelas narrativas desses povos, Eraldo Miranda escreveu “O Nascimento dos Andes” (editora Mundo Mirim), livro que reúne três lendas, que ele apresenta como “três flores deste jardim imenso chamado América”.   Recontadas pelo escritor, as lendas retratam histórias de solidariedade, de poder e de ganância das civilizações asteca e maia, chamadas de mesoamericanas, termo que faz referência às regiões que hoje chamamos de Guatemala, Honduras, El Salvador (entre outros países da América Central) e México (país da América do Norte). E também dos incas, que viveram na América do Sul, na região da Cordilheira dos Andes.   O surgimento dos andes   Conhecidos pela habilida de em desenvolver várias construções com enormes blocos de pedras encaixadas, como templos, casas e palácios, os incas também cultuavam animais considerados sagrados, como o condor e o jaguar, animais que estão presentes na primeira lenda do livro. Em “O Nascimento dos Andes”, está a história de uma viúva muito pobre que vivia com seus dois filhos e, de tanto trabalhar para conseguir comida, morre, deixando as crianças órfãs e abandonadas. E entre as muitas aventuras vividas pelos órfãos, eis que aparece a figura do lendário condor, que pousado sobre uma pedra na beira da estrada, protege os irmãos contra as maldades de uma velha bruxa, que acaba sendo bicada pela ave. Mais adiante um puma, indignado com a maldade contra a dupla, investe contra a mulher malvada. E com o dom de desvendar costumes e tradições, a lenda do nascimento dos Andes narra que o sangue da bruxa regou a terra das cordilheiras, tornando estéril as encostas das montanhas com seus extensos areais.   Dos maias, povo dedicado à guerra e conhecidos por fabricar artesanalmente tecidos e objetos em ouro e prata, Eraldo reconta “O Rei dos Gigantes”. A lenda é recheada de nomes diferentes e que costumam enrolar a língua da gente.   O rei dos gigantes   O tal rei da história, por exemplo, se chama Vukub-Cakix, que significa sete vezes a cor do fogo, com corpo reluzente como o ouro e a prata (materiais presentes na cultura desse povo). O odioso rei possuia dois filhos, tão orgulhosos quanto ele e com nomes também difíceis de serem pronunciados: Zipacna, que significa levantador da Terra, e Cabrakan, que quer dizer terremoto.   As histórias da literatura oral pré-colombiana recontadas por Eraldo são uma maneira de fazer o leitor mergulhar na cultura dos incas, astecas e maias e conhecer o legado arquitetônico e artístico deixado por esses povos.

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