(Catarina Paulino / Divulgação)
Para marcar o aniversário de morte de Shakespeare, o ator Luiz Arthur encara o mais célebre personagem do bardo inglês, acompanhado por mais treze atores que se dividem entre as personagens da trama e um coro de caveiras que ilustra a ação. A dramaturgia é da diretora Cynthia Paulino e tem como base a tradução de Millôr Fernandes - considerada a melhor versão para ser encenada - em fusão com fragmentos de "Assim falou Zaratustra", de Friedrich Nietzsche.
Consagrada como uma das peças mais montadas no ocidente, Hamlet trata a história do príncipe da Dinamarca que busca vingar a morte do pai, morto por seu tio Cláudio. Apesar de escrita há séculos atrás, a peça se mantém atual por tratar de sentimentos como loucura, amor, ódio, inveja, traição, incesto, corrupção e moralidade. O horror do vazio – do latim "horror vacui" – sintetiza a insatisfação de Hamlet por viver entre serviçais submissos a um rei usurpador. A consciência desta realidade hipócrita é que lhe causa um sentimento de vazio e perturbação, bem como o leva ao mais célebre monólogo da história do teatro: "Ser ou não ser, eis a questão".
pronto para isto" registra o ator.
Serviço:
Horror Vacui Hamlet
Teatro Marília (av. Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia). Dias 23 e 24/4. Sábado, às 20h e domingo, às 19h. R$ 20 e R$ 10 (meia)