(Ariel Martini/Divulgação)
Para fazer o segundo DVD, o Vanguart não quis esquentar a cabeça. Nada de música nova ou novo arranjo. Deveria ser apenas um registro da atual turnê, em um show intimista junto aos fãs. Essa despreocupação foi acertada: o resultado é um dos mais belos registros audiovisuais lançados na atualidade.
“Muito Mais que o Amor Ao Vivo” (Deck) traz a banda cuiabana no Centro Cultural São Paulo tocando 19 músicas em um palco bem decorado, disposta em círculo, com o público em volta. Uma escolha que transmite espontaneidade.
“Mesmo que a palavra intimista esteja caindo em um clichê esse sempre foi o ‘feeling’ da banda. O Vanguart sempre tem um jeito intimista no contato com os fãs ou em suas letras. Sempre foi íntimo para quem está ouvindo e o DVD passa bem isso”, afirma o vocalista do grupo, Hélio Flanders.
Segundo o artista, este registro mostra muito mais o que é a banda do que o primeiro DVD, “Multishow Registro Vanguart”, de 2009, feito quando ela tinha apenas um álbum de estúdio.
“Para nós, é como se fosse outra banda. Éramos muito novos naquele momento. Tem muitas coisas naquele DVD que a gente não gosta muito porque houve um crescimento e um amadurecimento. O senso crítico vai ficando maior com o tempo”, diz Flanders.
Um dos segredos da qualidade do novo DVD está no diretor Ricardo Spencer, que já havia trabalhado com o Vanguart em dois videoclipes. Foi ele quem pensou em soluções simples e criativas para captar a energia da apresentação. “As câmeras estavam atrás do público e somente na quinta música que me dei conta: ‘putz, estão nos filmando’. Por isso foi tão natural”.
Ruptura
Neste momento, o Vanguart está construindo canções novas para o quarto disco. Não será ensolarado como foi “Muito Mais”. “Não gosto de continuidades. Sempre ponho pilha na banda: quando será nossa ruptura? Gostei de ser ensolarado, mas já estou com saudade de falar sobre coisas sombrias”.